Futebol

VAR põe em prática nova orientação da CBF, mas rodada 5 tem polêmicas

Entre erros e acertos, o VAR teve papel de destaque na quinta rodada do Brasileirão. Por mais que motivado por um lance muito discutível, rendeu debate até com uma definição inusitada por parte do técnico Renato Gaúcho, do Fluminense.

A CBF dá uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar

A comparação entre a tecnologia e o lado humano que a opera envolve carrão esportivo e um famoso cantor cego. Mas tem gente de olhos e ouvidos abertos ao que acontece na cabine.

A rodada teve aplicação de uma nova orientação da comissão de arbitragem da CBF, relacionada à iniciativa do próprio árbitro de campo de pedir para ver o monitor à beira do campo.

De todo modo, a arbitragem gerou reclamações — algumas comedidas e outras desmedidas. A contestação do Grêmio por um pênalti não marcado diante do Internacional é a mais forte.

Qual a orientação?

A CBF não promete erro zero, mas vem de uma semana na qual treinou presencialmente os árbitros (de vídeo, inclusive). A política da entidade é que o VAR seja menos interventor e mais assistente nos jogos.

Segundo o UOL apurou, o que a comissão de arbitragem quer é que os árbitros não cheguem à área de revisão obrigados a mudar a decisão, mas que possam interpretar corretamente as jogadas. Ainda que contrariem a cabine. A questão é que a polêmica não some.

Há também outra conduta sublinhada por quem comanda a arbitragem: os árbitros podem ver o lance à beira do campo caso queiram e seja uma questão que eles não tenham percebido. Isso ficou explícito na dinâmica com o VAR no lance do gol do Atlético-MG sobre o Botafogo.

As principais chamadas do VAR

GRÊMIO X INTER

O VAR Wagner Reway acionou Bráulio da Silva Machado por causa de uma chegada de Aguirre, do Internacional, em Aravena, do Grêmio.

O árbitro mandou seguir no campo e manteve a decisão, mesmo com o árbitro de vídeo sugerindo revisão.

O Grêmio ficou alucinado com a decisão no jogo que terminou 1 a 1. O presidente Alberto Guerra reclamou ainda na saída da arbitragem do campo.

Segundo o áudio do VAR, Bráulio considerou que houve uma disputa com a lateral do corpo e não foi faltosa.

Tem um contato lateral. Os dois jogadores tentando jogar bola. Tem um contato de cadeira com cadeira (cintura). Agora eu quero ver a velocidade normal. Estou vendo bem o lance. Até agora não vi nada diferente.

Bráulio da Silva Machado

Atlético-MG x Botafogo

Gol do Atlético-MG. 1 a 0, cabeçada de Cuello. Mas o VAR Rodolpho Toski Marques chamou Ramon Abatti Abel para checar algo na área. O árbitro de campo não tinha visto o contato de Lyanco nas costas de Jair, do Botafogo. Foi o próprio Abatti quem pediu para ver a jogada, como mostra o diálogo a seguir.

Abatti: "Eu não vi o contato ali. Estava no segundo poste, com a bola".

VAR: "O jogador do preto tem um movimento nas costas com as duas mãos, contra um adversário que não tem possibilidade de jogar. É um incidente não visto teu, estou te narrando".

VAR: "Ele não está envolvido na jogada, ele não tinha possibilidade de jogar. Tem a mão nas costas, mas não tinha possibilidade de jogar".

Abatti: "Impacto é mínimo. O jogador já está olhando a bola passar. Para mim, não houve falta".

VAR: "Concordo com você".

Gol validado.

Na ocasião seguinte, o VAR chamou para analisar um lance inicialmente de cartão amarelo para David Ricardo, do Botafogo. Abatti concordou com o VAR: o cartão mudou de cor e virou expulsão. A falta sobre Hulk era situação clara de gol.

FORTALEZA X PALMEIRAS

Já nos acréscimos, a bola viajou para a área do Palmeiras. Na disputa com Deyverson, Naves abriu o braço no ar e a bola tocou nele. O VAR chamou, e Paulo Cezar Zanovelli acatou.

Sorte do Palmeiras que Weverton defendeu. Seria o gol de empate do Fortaleza. Mas o 2 a 1 levou o time à liderança do Brasileirão.

O técnico Abel Ferreira reclamou, dizendo que o jogador não poderia ter pulado igual pinguim. Ou seja, com os braços encolhidos.

A reclamação pelo 'silêncio' do VAR

FLUMINENSE X VITÓRIA

A jogada que gerou a reclamação de Renato Gaúcho, do Fluminense, foi um lance entre Arias e Lucas Halter.

O zagueiro do Vitória, de fato, dá um pequeno puxão na camisa do colombiano na área. Arias valoriza, dá um salto.

No campo, o árbitro Matheus Candançan deixou o jogo seguir. O VAR não o chamou para sugerir revisão.

Ridículo o lance. Ridículo. No último jogo, elogiei o árbitro. Gostaria de chegar aqui, mesmo quando perco o jogo, e elogiar a arbitragem. É inaceitável [isso] no futebol brasileiro, o cara está no VAR para isso, com a máquina, e não ver o puxão na camisa do Arias. Só faltou ele tirar a camisa do Arias e levar para casa. No jogo, era para ter dado o pênalti. Já que o árbitro não viu, o VAR está aí. Chego no vestiário e dizem que a CBF tem uma comissão. Um argentino, um italiano e um brasileiro. Para quê? Eles sabem da regra? Pelo visto, não. Eu sugiro a CBF a, toda semana, colocar dois ou três treinadores para falar com a arbitragem.

Renato Gaúcho

SÃO PAULO X SANTOS

O São Paulo venceu o clássico contra o Santos. Mas isso não quer dizer que não tenha um lance para questionar arbitragem. O tricolor aponta um pênalti não assinalado, depois que o goleiro Brazão disputa com Matheus Alves usando os pés.

"Claramente ele para a bola. Lance limpo de área", analisou o VAR Carlos Eduardo Nunes Braga.

Fonte: UOL Esportes
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