Sem espanto. O precário sistema defensivo, que terminou o jogo sem zagueiros, apareceu de novo. E o Vasco perdeu para um adversário na luta que mais importa em 2025: não cair. Quando nem mesmo no 6 a 0 fase defensiva faz uma boa apresentação, quem acompanha o time já não se espanta. 20 segundos e um pênalti infantil. 15 minutos depois outro erro e um 2 a 0 irreversível quando o que o campo falou acabou sendo ignorado por Fernando Diniz.
Lucas Piton cometeu um pênalti infantil e, para tornar o jogo mais cruel, Nenê fez valer a lei do ex. Depois, já desorganizado, Lucas Freitas não cortou, Léo Jardim aceitou o chute cruzado e o 2 a 0 estava estabelecido. O campo, nos 6 a 0, mostrou que a mobilidade encaixou. Vegetti, que está longe de ser descartável ou culpado pela derrota, é um centroavante fixo. Que condiciona o time a cruzar e não provoca desencaixes na defesa adversária. David era a escolha coerente.
Mas Diniz, que também perdeu PH de última hora, e Jair na saída de bola, optou pelo camisa 99. Um time que não se recuperou mentalmente e ficou engessado em campo. No 2°T Diniz até deu mais alguns minutos para responderem, entretanto nada feito. O Juventude poderia ter ampliado sua vantagem. Teve as melhores chances, inclusive. E, no desespero, o Vasco terminou a partida com um lateral reserva e um volante na zaga.
Há negociações em andamento. Mas se a diretoria não correr para trazer ao menos DOIS ZAGUEIROS, o Vasco vai seguir perdendo pontos e se afundando na tabela. O Vasco pode jogar quartas de final de Copa do Brasil sem zagueiros por negligência. De novo. E depois não adianta pensar no que poderia ser feito. O problema é grave e facilmente detectável. A partida de hoje só terminou de escancarar. Falta equilíbrio. E o Vasco não tem isso há anos.