O Fechamento Sportv lançou no domingo à noite a pergunta: qual é o time que está mostrando o pior futebol do Brasileirão? Fomos aos números buscar a resposta, que é "depende".
Após a parada para a Copa do Mundo, o Atlético-MG tem o pior aproveitamento de pontos disputados. Fez sete partidas, com uma vitória, um empate e cinco derrotas, com aproveitamento de 19%. Classificado para as quartas de final tanto da Copa do Brasil quanto da Sul-Americana, a equipe parece estar mais focada nessas Copas. Nesta quarta-feira, joga pela Copa do Brasil em um clássico histórico contra o arquirrival Cruzeiro.
Os quatro piores desempenhos por aproveitamento de pontos são de Atlético-MG (19%), Fortaleza (20,8%), Vasco (25%) e Bragantino (25,9%).
Quando considerado o mando de campo, Vasco, Botafogo e Corinthians têm os piores desempenhos mandantes após a parada para a Copa do Mundo. Cada um deles foi mandante em quatro jogos, empataram dois e perderam dois, aproveitamento de 17%. O desempate é por saldo de gols: o Vasco com saldo negativo de quatro gols, o Botafogo três negativos e o Corinthians menos dois. O Sport é a outra equipe que não venceu em casa nesse período, mas empatou três jogos e tem 25% de aproveitamento.
É entre os visitantes que o Atlético-MG se torna o pior desempenho do pós-Copa. Tem o pior aproveitamento forasteiro no período: ainda não venceu em cinco jogos (0 V, 1 E, 4 D, 7% de aproveitamento), marcou quatro gols e sofreu nove, com saldo negativo de cinco gols. Juventude e Fluminense estão com 8% de aproveitamento visitante pós-Copa (0 V, 1 E, 3 D), o saldo do Juventude é negativo em nove gols, e o do Fluminense é de menos cinco. O Fortaleza tem a quarta pior campanha forasteira pós-Copa (0 V, 1 E, 2 D, 11%), saldo negativo de dois.
No agregado dos mandos, o Grêmio é o time que menos fez finalizações no pós-Copa, com média de 8,9 conclusões em cada de suas oito partidas. Juventude, Santos e Bragantino são as outras equipes que menos finalizaram no período. O Juventude fez em média 10,1 conclusões, o Santos, 10,5, e o Bragantino, 11,1, assim como o Palmeiras. A diferença aqui é que a defesa do Palmeiras é a que menos permite finalizações dos adversários, por isso brilha.
A lista das piores eficiências ofensivas já é diferente. Nenhum dos quatro times que menos finalizam está entre as quatro piores eficiências. Depois das férias para a disputa da Copa do Mundo de Clubes, o Ceará é o time que precisa de mais finalizações para fazer um gol, em média 17,5 tentativas até balançar a rede adversária. Fez 105 finalizações e marcou seis gols. Fortaleza (13,9), Sport (13,1) e Atlético-MG (12,3) são as outras equipes com pior eficiência ofensiva.
O Vitória tem a defesa com maior dificuldade para evitar finalizações dos adversários. No pós-Copa, sofreu 134 finalizações, média de 16,8 por partida. Bragantino (15,8), Juventude (15,2) e Santos (14,3) empatado com o Mirassol são as equipes que mais sofreram finalizações depois da intertemporada.
A grande diferença para o Mirassol para o Santos é a resistência a essas finalizações. O Mirassol sofreu um gol a cada 16,3 conclusões contrárias, a segunda maior resistência defensiva pós-Copa, enquanto o Santos levou um gol a cada 6,7 finalizações sofridas, a terceira menor resistência.
A menor resistência defensiva pós-Copa é do Fluminense, que sofreu um gol a cada 5,3 conclusões contrárias. Foram 84 finalizações contra o seu gol que resultaram em 16 gols em oito jogos, um desempenho muito diferente do que mostrou na Copa do Mundo de Clubes, quando chegou às semifinais sofrendo cinco gols em cinco partidas. Ou seja, depois da Copa passou a sofrer, em média, o dobro de gols na comparação com o mundial.
Atlético-MG (6,5), Santos (6,7) e Fortaleza (7,0) são as outras equipes com a menor resistência defensiva no agregado dos mandos.
Eduardo Sasha marca aos 18 segundos de jogo para o Bragantino contra o Fluminense
O quadro abaixo mostra graficamente quais as maiores dificuldades dos clubes após a parada para a Copa do Mundo de Clubes.
*Gato Mestre é formado pelos jornalistas Agnes Rigas, Arthur Sandes, Cadu Vargas, Davi Barros, Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Gustavo Figueiredo, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Rodrigo Breves e Valmir Storti, pelos cientistas de dados Bruno Benício e Vitor Patalano e pelo programador Gusthavo Macedo.