O entendimento da comissão sobre Cuesta e opiniões da imprensa colombiana

Carlos Cuesta é o novo alvo do Vasco nesta janela de transferências. O zagueiro de 26 anos, que defende o Galatasaray, da Turquia, e integra a seleção da Colômbia, entrou no radar da diretoria vascaína. O clube negocia a contratação por empréstimo, com obrigação de compra vinculada ao cumprimento de metas contratuais.

Mas o que levou o colombiano a despertar tanto interesse em São Januário? O ge ouviu jornalistas que acompanham de perto a trajetória do defensor para traçar o perfil de Carlos Cuesta e entender por que ele se encaixa no que o Vasco procura.

Antes, é importante ressaltar: o Vasco havia definido que a contratação de um zagueiro seria a prioridade do clube após a chegada de um atacante. Com o acordo encaminhado com Andrés Gómez, colombiano do Rennes, da França, a diretoria passou a buscar o perfil ideal para a defesa: um jogador capaz de atuar em linha alta, veloz, com força física e boa saída de jogo.

Admar Lopes, então, elaborou uma lista de nomes junto ao departamento de futebol — com participação de Felipe e do setor de scout. Alguns desses nomes foram apresentados a Fernando Diniz e passaram pelo crivo do técnico, entre eles o de Carlos Cuesta.

No entendimento da comissão técnica e do departamento de futebol, Cuesta cumpre todos os requisitos. O zagueiro foi titular da seleção da Colômbia na última Copa América, na qual foi vice-campeão ao perder a final para a Argentina.

O perfil de Cuesta

Cuesta foi descrito como um zagueiro muito físico e com boa qualidade técnica para sair jogando, característica que se encaixa no estilo de Fernando Diniz. Jornalistas colombianos, em contato com o ge, destacam que o defensor pode atuar tanto como zagueiro quanto como lateral.

O defensor surgiu bem no Atlético Nacional e foi vendido ao Genk, da Bélgica — campeonato reconhecido pela captação de jogadores jovens em diferentes mercados ao redor do mundo. Ele se destacou no futebol belga, mas não teve o mesmo sucesso no Galatasaray, em 2025. Segundo os cronistas, a insistência do treinador em utilizá-lo como lateral e as lesões sofridas no período o prejudicaram na Turquia. Sem se adaptar, perdeu confiança.

A Copa América de 2024 de Carlos Cuesta foi considerada de alto nível por alguns analistas colombianos. No entanto, há o debate no país se o jogador deveria ter feito uma falta em Lautaro para ser expulso no lance do gol que deu o título da competição para a Argentina.

Entre as principais características apontadas pelos jornalistas estão a velocidade, a força física e a qualidade de passe para a construção das jogadas. O jogo aéreo não é visto como preocupação, já que o defensor possui boa impulsão.

Os números de Cuesta

• Atletico Nacional (Colômbia) de 2016 a 2019 - 74 jogos;
• Genk (Bélgica) de 2019 a 2025 - 182 jogos, com quatro gols e uma assistência;
• Galatasaray (Turquia) desde fevereiro de 2025 - oito jogos.
• Seleção da Colômbia - 23 jogos.

Leia a opinião dos jornalistas sobre o zagueiro

Sarah Castro - ESPN Colombia: É um zagueiro técnico. Perfil direito. Tem rendido bem na defesa. Na Bélgica, atingiu um alto nível. Bom jogo aéreo, embora não seja tão alto. Perdeu a confiança na Turquia, em parte porque tentaram colocá-lo como lateral. Muito poucos minutos no Galatasaray. Com um bom ritmo de competição, terá chances de voltar à seleção. Aos 26 anos, tem tudo para se recuperar e voltar à forma.

Mariano Olsen - Win Sports (Colômbia): Foi titular na defesa central da Colômbia na Copa América de 2024 e ficou marcado por não fazer a falta em Lautaro Martínez na jogada do gol. É destro, pode jogar também na lateral, coisa que fez no Galatasaray, mas não é o habitual. Não é muito alto, mas é rápido. Um problema que tem são as lesões. Isso dificultou a passagem dele no Galatasaray. Lá, ele teve uma partida nefasta, que errou muito e por isso o técnico o tirou do time. É um bom jogador de futebol, com boa habilidade. O jogo aéreo não é o seu forte pela estatura, mas é um bom jogador, que precisa retomar a confiança, o que pode acontecer no Vasco.

Jhonsson Rojas - Caracol TV (Colômbia): É um jogador que é bom na sua capacidade um contra um. É técnico, tem boa saída com a bola. É um defensor forte, tem uma boa precisão nos passes. É um homem que se destacou pela sua liderança, é um jogador maduro, pode alternar entre diferentes posições como zagueiro central, lateral. E como tem qualidade técnica, ajuda muito na saída das equipes quando se trata de iniciar os ataques desde a defesa.

Tom Boudeweel (jornalista da Bélgica): Ele é um zagueiro sólido. Forte nos contatos individuais, firme. E seus duelos são bons. Não é o melhor, mas é um jogador razoável.