Impossível não creditar os 6 a 0 do Vasco sobre o Santos, no Morumbi, à atuação do time. E difícil não creditar a goleada à formação levada à campo por Fernando Diniz. A ausência de Vegetti, suspenso, permitiu a adoção de um novo modelo de jogo e o resultado foi o que já se sabe. E por que aconteceu isso? Porque, por paradoxal que seja, a falta do homem de referência na área dificultou o encaixe da marcação santista. Jogando como um falso pivô, se alternando na função ora com Nuno, ora com David, Coutinho teve espaço para as tabelas. Arejou o ataque e gerou intensidade ofensiva de qualidade, com associação entre meio e ataque. Isso tudo, é claro, combinado à apatia adversária, fez-se o resultado. Ou seja: vitória com muitas camadas e repleta de sinais. O Vasco saiu temporariamente do incômoda Z-4, se aproximou dos adversários da faixa intermediária da tabela e, mostrou um modelo de jogo que não depende das bolas altas para cabeçadas do artilheiro Vegetti. Resta ver agora como isso será processado na cabeça de Fernando Diniz. A goleada não deveria iludir os vascaínos, mas a forma como foi construída, num sistema alternativo e com uma atuação maravilhosa de Phillipe Coutinho, abre novas perspectivas. Principalmente, se lembrarmos que desta vez o treinador levou para o banco de reservas cinco jovens da base do clube…