Autor dos dois gols da vitória do Vasco sobre o Cuiabá no domingo, pela 38ª rodada do Brasileirão, Vegetti fechou com chave de ouro sua primeira temporada completa com a camisa do clube. Aos 36 anos, o argentino se superou, alcançou os melhores números da sua carreira e fez o que nenhum outro atacante vascaíno conseguiu fazer desde Alecsandro em 2012.
Foram raros os momentos da temporada em que o Vasco esteve em campo sem o seu capitão no comando do ataque. Ao todo, Vegetti atuou por 5.175 minutos, o que dá pouco mais de 86 horas. No elenco, ele só perde no quesito para o goleiro Léo Jardim, que participou de todos os 5.959 minutos jogados pelo Vasco no ano.
Com 54 partidas disputadas, essa foi com folga a temporada em que Vegetti mais vezes atuou, superando os 38 jogos que fez pelo Belgrano em 2021.
- O Vasco é um clube muito imenso, é muito grande, tem uma torcida de milhões e milhões de torcedores, então temos que brindá-los com título, por coisas maiores. É um grande passo para tudo o que vem, mas temos que melhorar muito - disse ele na saída de campo no domingo.
Vegetti terminou o ano com 26 participações em gols: foram 23 gols marcados (seu recorde na carreira) e três assistências. Entre os estrangeiros em atividade no futebol brasileiro, ele ficou atrás apenas de Flaco López, do Palmeiras (29), Lucero, do Fortaleza (28) e Garro, do Corinthians (28).
Nem mesmo Cano alcançou esses números na sua melhor temporada com a camisa do Vasco. Em 2020, Cano teve 25 participações em gols (24 gols e uma assistência). Antes de Vegetti, o último centroavante com tamanho poder de decisão foi Alecsandro, que marcou 25 gols e deu três assistências na temporada 2012.
Vegetti foi o artilheiro da Copa do Brasil, com seis gols - balançou as redes em todas as fases da competição. Não fosse o período entre fim de setembro e início de dezembro em que ficou sem marcar, ele poderia ter brigado também pela artilharia do Brasileirão. Foram 12 gols na competição, três a menos que os artilheiros Yuri Alberto (do Corinthians) e Alerrandro (do Vitória) e um a menos que Estêvão (do Palmeiras).