Política

Vasco mira em aumento de investimentos para 2022

Clube conseguiu desconto de 50% dos débitos em acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Rio - Na última quarta-feira, o presidente do Vasco, Jorge Salgado, convocou entrevista coletiva para falar sobre o acordo do clube com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e sobre o plano Regime Centralizado de Execuções para as dívidas cíveis e trabalhistas. Caso seja aprovado, o Cruzmaltino pode reduzir sua dívida em R$ 232 milhões até o final de 2021.

"Hoje é um dia feliz para nós vascaínos. Demos mais um passo para a reestruturação da nossa dívida. Há mais de cinco meses que a gente vem negociando com a PGFN e também com o Ministério Público do Trabalho para costurar uma solução tanto pra dívida fiscal como para a trabalhista. Finalmente conseguimos fazer isso e vai nos dar uma tranquilidade muito grande do ponto de vista da previsibilidade, de melhorar a nossa imagem enquanto clube. Esse acordo é muito vantajoso porque a gente consegue bloquear as execuções judiciais e consegue também uma redução de dívida muito grande do ponto de vista da dívida total. Nós pegamos o clube com R$ 832 milhões de dívida e pretendemos entregar esse clube no final do ano com uma dívida ao redor de R$ 600. Uma redução de pouco mais de R$ 200 milhões. Isso faz parte do nosso plano de reestruturação", disse o mandatário.

Caso esse cenário se concretize, o futebol terá mais investimentos a partir de 2022. Para tirar de exemplo, este ano o orçamento do time foi de cerca de R$ 60 milhões. Desde a chegada da nova gestão, a folha salarial caiu de R$ 10,7 milhões para R$ 6,2 milhões e mesmo assim, ainda há pagamentos de funcionário e jogadores atrasados.

"A redução da dívida pode trazer, sim, benefícios para o ano que vem. A redução de dívida não é uma injeção de dinheiro, não entra dinheiro. Mas permite um fluxo de caixa melhor. Com isso, poderemos alocar mais recursos no futebol. Se a gente paga menos encargos da dívida, conseguimos ter mais recursos", afirmou Salgado.

"Esse quadro não é de cinco anos atrás. É de oito meses atrás. Uma dívida de R$ 832 milhões. Mas pior do que ter uma dívida de R$ 832 milhões é ver ela vencer já em um ano. Tinha que pagar R$ 351 milhões em um ano. A receita bruta do Vasco é uma receita estrutural em R$ 200 milhões e com a Série B, tínhamos uma expectativa de trabalhar com cerca de R$ 100 milhões. Os números são incompatíveis. Esse trabalho todo isso aqui é vital para termos cenários melhores no ano que vem. Sempre há previsão de melhora gradativa de investimentos no futebol. É um plano que não se abre mão", complementou Adriano, vice de finanças do clube.

Ainda segundo o dirigente, o acordo selado com a PGFN vai se iniciar com parcelas menores, que irão aumentando conforme o clube for tendo maior poder de pagamento. O VP confirmou que há previsão de maiores pagamentos em caso de receitas extraordinárias, como venda de jogadores.

Fonte: Jornal Meia Hora
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