No dia seguinte à vitória por 3 a 1 sobre o Sport, torcedores do Vasco realizaram uma feira de artesanato, moda e música no Centro Cultural Candinho, local onde o clube foi fundado e que fica no bairro da Gamboa, na "Pequena África" do Centro do Rio de Janeiro.
O que aconteceu
O evento é chamado de "FAV: Feira Autônoma Vascaína" e fez sua segunda edição. Ele reúne vascaínos empreendedores que vendem seus produtos cruz-maltinos em barracas montadas em frente à sede histórica.
Nas tendas eram encontrados diversos itens relacionados ao Vasco: camisas antigas originais, roupas casuais, adesivos, quadros, pôsteres, álbuns, bonés, faixas, miniaturas do Almirante e de São Januário, entre outros.
Estúdio de tatuagem temático do Vasco, o "Studio da Colina" marcou presença. Ele vendeu quadros feitos por seus tatuadores, além de camisas e outros produtos.
O evento também teve como atração musical Chico Chico, filho de Cássia Eller. O músico é vascaíno e já havia feito outras participações ligadas ao clube.
O "Sambarreira" foi outro que animou os vascaínos. O grupo foi formado de maneira informal nos pré-jogos nos arredores de São Januário e acabou e se profissionalizou, hoje fazendo shows em eventos fora das partidas do Cruzmaltino. Nos intervalos o público ficou ao som de DJ's.
O evento também celebrou o aniversário do Candinho e o Dia do Vascaíno. A data foi oficializada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e é celebrada todo dia 13 de abril.
A feira nasceu com essa ideia de ser autônoma, de ser uma autogestão dos próprios artistas vascaínos diante da necessidade de formar um rolê cultural dentro da torcida do Vasco. A gente sabe que a torcida do Vasco é pioneira em diversas frentes e não é diferente como agora. Salve engano, esse é o único movimento que a gente tem de torcida no Rio de Janeiro. Ele mexe com a cultura da arquibancada, com a cultura de rua, com a visão fotográfica, com a tatuagem, com o estilo casual. Ele agrega vários públicos
Vinicius Pinheiro, um dos idealizadores
O custo para a montagem da feira foi dividido de maneira igualitária pelos expositores. Esta foi a segunda edição e, com o sucesso, a ideia é que o projeto se expanda e seja itinerante.
Sempre que tem um movimento cultural, uma parada que saia do aspecto do futebol, a nossa torcida abraça. Esses movimentos de rua, culturais, do grafite, da arte mesmo, essas coisas que são deixadas de lado na nossa sociedade, a gente abraça justamente pela história que o Vasco tem. Essa busca de encontrar o povo mesmo, da expressão, da vivência
João Vinicius Sousa, um dos expositores
A feira pode fazer parte de outro evento que integra o calendário da torcida: a Expo Vasco. A ideia é que ela possa ter um espaço na próxima exposição, juntando os itens históricos aos produtos à venda.
A FAV é um evento muito importante para o vascaíno, acredito que tanto para quem trabalha com produtos relacionados ao clube como para o torcedor, que é muito engajado e consome bastante. E aqui no Candinho isso é sensacional pela história que tem por trás. É a segunda edição da FAV e estamos conversando para uma parceria com a Expo Vasco, para que os eventos aconteçam juntos. Haverá as exposições de itens históricos e a venda desses produtos voltados aos vascaínos
Paulo Pires, expositor na FAV e um dos idealizadores da Expo Vasco