Camisa 10 do Vasco na final do Carioca Sub-20, JP guiou o time na vitória por 1 a 0 em cima do Flamengo, neste sábado, em São Januário. O meio-campista iniciou a jogada que terminou no gol de Léo Jacó e ainda acertou uma bola na trave.
JP integra a equipe profissional e reforçou o grupo do técnico Ramon Lima nos últimos jogos do sub-20. No ano passado, ele também foi campeão carioca da categoria em cima do Flamengo.
- A sensação é sempre a mesma, independentemente da categoria. Profissional, sub-20, sub-15… É sempre um prazer vestir essa camisa e representar o nosso Vasco. É um privilégio jogar em São Januário, a torcida fez bonito como sempre. (Em cima do Flamengo) é sempre melhor. Estou muito feliz e, independentemente do lugar, sempre vou dar meu melhor e lutar pelo meu espaço para estar preparado quando tiver oportunidade - comentou o jogador em entrevista ao ge.
- Ter minutagem e ir bem no profissional me deixa mais à vontade para passar experiência e ajudar o time a ficar mais tranquilo para jogar - acrescentou o garoto.
Em um momento do jogo, a reportagem flagrou um torcedor vascaíno comentar o seguinte com um amigo ao lado:
- Esse camisa 10 está me lembrando muito o Bismarck.
Bismarck foi revelado pelo clube, pelo qual marcou 109 gols em 301 jogos. É considerado um dos melhores meias formados na base de São Januário, onde surgiu em 1987.
- Eu não o vi jogar, mas meu pai me fala muito sobre o Bismarck e outros meias, como Juninho Pernambucano, Juninho Paulista, Geovani… Já vi vídeos dele, era muito inteligente. Fico feliz pela comparação, por ser ligado a um jogador que é referência do Vasco - disse JP.
Na verdade, esta não é a primeira vez que JP é comparado ao ídolo do Vasco. Desde o primeiro jogo do garoto, contra o Grêmio, na estreia do Brasileirão, surgem comentários sobre as semelhanças entre os dois. Isso se acentuou na partida diante do São Paulo, na qual o meia entrou no segundo tempo e deu assistência na vitória por 4 a 1. Na ocasião, o ge conversou com Bismarck.
- Tenho muito cuidado para fazer comparações porque é um peso grande para os meninos. Eu recebi mensagens de pessoas dizendo que ele lembrou muito eu jogando. Ele tem muitas características parecidas com as minhas, é um jogador de meio-campo que não existe hoje no futebol brasileiro. Um meio-campista que joga centralizado e que entra na área, a gente vê pouquíssimo isso. Os meias estão jogando pelo lado. Fiquei orgulhoso por essa comparação. Que ele continue com a cabeça boa, focado, humilde, mas sabendo que jogar bem não é ser o melhor e jogar mal não é ser o pior, mas o importante é ter equilíbrio - considerou o ex-meia.
JP tem tido menos oportunidades no profissional recentemente. O último jogo do meia no time principal foi no dia 18 de agosto, contra o Criciúma. O Vasco vê a situação como comum dentro do processo de desenvolvimento dos garotos.