A CBF disse em reunião com alguns clubes nesta semana que o impedimento semiautomático chegará ao Brasileirão em 2026 — para as Séries A e B.
Mas o que exatamente falta para a promessa virar realidade e acabar com polêmicas como a da anulação do gol do Palmeiras sobre o Corinthians?
"Vai (ter). Estamos em um projeto de estudo de qual ferramenta é a melhor para o ano que vem", explicou o presidente da CBF, Samir Xaud.
A ferramenta que o dirigente menciona é o fornecedor do sistema. Uma combinação de câmeras e software para medir posição dos jogadores e da bola no campo para não precisar mais usar o traçado de linha em lances de impedimento ajustado.
Competições de Fifa, como Mundial de Clubes, e Uefa servem como referência da eficácia da ferramenta.
"Isso tudo pela Fifa é muito novo também. O do Mundial também está tendo ajustes. Estamos finalizando. Nosso desejo é que venha o mais rápido possível. Mas existem várias interfaces que não dependem exclusivamente da CBF, mas também do próprio fornecedor, como homologação e atualização de softwares", disse o chefe da comissão de arbitragem, Rodrigo Cintra.
Foi dele o discurso aos dirigentes da comissão nacional de clubes a respeito da certeza de que o impedimento semiautomático chegará em 2026.
Mas a CBF, de fato, ainda precisará assinar contratos. Além disso, haverá ajustes estruturais nos estádios para receber o aparato de câmeras.
"Alguns estádios necessitarão passar por adaptações para receber isso. É um custo a mais, por isso estávamos fazendo o estudo em relação a isso. Mas acreditamos que no ano que vem já estejamos com o impedimento semiautomático", reforçou o presidente Samir Xaud.
A CBF ainda não tem um número fechado de investimento necessário para todo o projeto. Mas é certo que o dinheiro sairá do bolso da entidade.
"Estamos analisando qual vai ficar mais viável para a CBF e qual o melhor produto. O custo todo é da CBF", finalizou Xaud.