O Vasco faz hoje mais um jogo fora de casa pelo Brasileirão. Desta vez, contra o Vitória-BA, no Barradão. Será o confronto de número 362 como visitante na competição, incluindo as cinco participações na Série B. O clube tem até aqui 89 vitórias (índice de 24,5%) desde 2006, início da era dos pontos corridos com 20 clubes. Mas é só uma introdução para algo mais sério. Este “fio” de @fas_lopes , sócio que esteve presente no movimento que elegeu Pedro Paulo à presidência do Vasco, ajuda a entender um pouco mais a crise institucional em que o clube se envolveu à partir da ruptura unilateral de um contrato comercial. Os vascaínos com um pingo de discernimento e sem apego a este ou aquele grupo político ficam com a sensação de que o pior ainda possa estar por vir.
Fonte: X do jornalista Gilmar Ferreira/Extra
Post 1/8
Não foi fácil alertar. Muitos acreditavam na narrativa da “777 vilã” e do “Pedrinho salvador”. É compreensível: torcedor é passional. Futebol é paixão.
Mas não estou aqui para agradar ninguém. Estou pelo Vasco. E jamais vou me omitir se for pelo bem do clube.
Post 2/8
Quem não tinha acesso às informações pensava que Pedrinho salvaria o Vasco. Eu mesmo acreditei durante a campanha. Mas já no discurso de posse, na Lagoa, percebi sinais de que algo não ia bem.
Post 3/8
Naquele discurso, Pedrinho agradeceu ao Leven e ignorou tanto o Júlio Brant (que havia retirado sua candidatura para apoiá-lo) quanto o Jorge Salgado, presidente em exercício.
Ambos estavam presentes. Foi constrangedor. Faltou respeito institucional.
Post 4/8
Em fevereiro de 2024, recusei a cadeira no conselho da SAF. Já tinha fortes indícios de que fariam exatamente o oposto do que prometeram na campanha.
Estava claro que o caminho escolhido não era o da responsabilidade institucional, mas o da ruptura a qualquer custo.
Post 5/8
Deixei claro que era contra um confronto societário. Defendia uma cobrança dura à 777 para o cumprimento do contrato — e, se necessário, a busca por um novo investidor.
Mas jamais do jeito transloucado como estão conduzindo. Isso não é defender o Vasco.
Post 6/8
Renunciei ao Conselho após a ação judicial, porque não queria compactuar com isso. Não tem segredo: se você planta crise, colhe instabilidade.
Briga societária enfraquece qualquer empresa. Com o Vasco, não seria diferente.
Post 7/8
Desde o início eu sabia que esse caminho colocaria o Vasco numa situação gravíssima. E está aí: problemas societários se acumulam, sem solução no horizonte.
Rejeitei estar ao lado do poder por conveniência. Preferi continuar ao lado do Vasco.
Post 8/8
Fui criticado, até publicamente. Muitos defenderam o indefensável por status, crachá ou espaço nos bastidores.
Mas o tempo é implacável. E tudo começa a vir à tona. Quem defende o Vasco com seriedade está sendo, aos poucos, compreendido.