Leonardo Baran entrevistou Rodrigo Caetano, diretor de seleções da CBF, e fez algumas perguntas sobre o Vasco.
Carinho pelo Vasco
— Tenho uma ótima relação com as pessoas que estão no Vasco e com aquelas que passaram. Hoje, com Pedrinho, com Alan Belaciano, Christiano, Felipe, enfim... Muitos, que eu posso dizer que são muito próximos.
Houve convite antes do acerto do Cruzmaltino com Admar Lopes?
— Teve sim um convite do Vasco no período daquela incerteza de como as coisas ficariam com a mudança de gestão na CBF, mas eu tenho contrato até o ano que vem (2026) e eles entenderam. É um assunto que, neste momento, não poderia abrir discussão por conta disso. O Vasco, é óbvio, que vai estar sempre no meu coração. Eu vejo como um clube que me deu uma grande oportunidade em nivel nacional lá em 2009 ainda. O bacana é o carinho que eu recebo por onde passo do torcedor vascaíno. Meu último trabalho ainda foi em 2014, no novo acesso, quando eu volto ao Vasco, em 2014. Estamos falando de 11 anos, é muito tempo da minha última passagem. Parece que foi ontem pela forma carinhosa que o torcedor do Vasco se dirige a mim, e eu vou estar sempre na torcida, que essa gestão, assim como o clube, consiga ser cada vez mais competitivo. Eu tenho muita esperança. Melhorou demais a infraestrutura física também, a estrutura de pessoas, tem grandes profissionais agora sob o comando de Diniz, que é um espetacular treinador. Eu tenho a esperança que o Vasco vai terminar bem este ano.
O Pedrinho chegou a formalizar uma proposta?
— Nós não chegamos a falar em números, mas conversamos da possibilidade de uma proposta. No momento, se formalizado, o presidente Samir me chamou, e juntamente aos demais VPs (Fernando Sarney, Gustavo Henrique e mais) manifestaram o interesse da continuidade do trabalho até a Copa do Mundo de 2026, liderando o departamento de seleções, junto com a nova comissão técnica do Ancelotti, enfim... Foi para isso que eu fui para a CBF, com essa intenção de poder viver esse ciclo de Copa do Mundo, e sigo fazendo meu trabalho normalmente, mas grato sempre a esse carinho do Pedrinho em relação ao meu trabalho.
Sonho de retornar
— Vejo como uma possibilidade sim. É uma porta que sempre ficou aberta. É um clube que, como eu te disse, quando você trabalha num clube onde você já tem uma receptividade boa do externo, que eu falo dos torcedores e esse reconhecimento dos profissionais, você já leva uma certa vantagem. A gente vê muitas vezes profissionais chegando com uma resistência e isso acaba que potencializa o ambiente. Às vezes os resultados iniciais não são bons e isso fica potencializando. Em relação ao Vasco é diferente, então, se você me perguntar se é algo possível e que passa pela minha cabeça, sim. Dizer que é um sonho, óbvio que é, um clube que tenho um enorme carinho... Se for para ser, vai ser em um momento adequado.
O desejo de voltar é por quem está comandando o clube ou pela instituição?
— Pela instituição, sem dúvida alguma, que é o maior do que todos nós. A instituição é o que fica, é o que sobrevive a tudo isso. Eu desejo muito sucesso a essa turma, são pessoas que eu tenho um enorme carinho, pessoas sérias e que querem o melhor para o Vasco. E se for para um dia isso acontecer e que seja com eles, melhor ainda. Vamos ver, o tempo vai dizer. A gente prevê muitas coisas na nossa vida e às vezes elas não acontecem ou acontecem até melhor do que você previu. Vamos aguardar. Primeiro eu tenho como foco principal é essa Copa do Mundo, tentar fazer uma grande campanha. Eu, particularmente, como nossa comissão técnica e os funcionários, a gente tem essa esperança. Muitos dos nossos jogadores, ainda jovens, vão chegar em um grau de maturidade maior e melhor para a próxima Copa. Então, a gente tem muita esperança de ter um caminho bom, e quem sabe fazendo uma grande campanha, quem sabe até podendo estar presente em uma final de Copa do Mundo.