Eu estava buscando a melhor maneira de me despedir ao encerrar esse meu segundo ciclo no Cruzeiro (2015 - 2022/24) e no meio de tantas histórias, pessoas para citar e agradecimentos a fazer, não conseguia definir se a mensagem seria para o torcedor, para os colaboradores ou para as pessoas que estiveram comigo nessa jornada. Foi quando me dei conta de que a mensagem deveria ser para uma pessoa, aquela que ama o Cruzeiro.
No papel de responsável pela estratégia esportiva dessa reconstrução, o nosso mantra desde o dia um foi repetir às estrelas: “Ninguém é maior que o Cruzeiro”, e essa clareza nos possibilitou colocar as pessoas no centro do nosso projeto e dar-lhes o devido protagonismo sem nenhum medo de ser feliz.
Só assim poderíamos cumprir o nosso segundo mantra que era “Todos os colaboradores e categorias são fundamentais e importantes”, pois ao integrar a equipe sub20 às rotinas do futebol profissional, ao compartilhar o espaço de refeitório entre todos, ao abrir as portas de casa à equipe feminina e recebe-las como Cruzeiro, ao integrar as áreas de saúde e performance, operações e logística do futebol, análise de desempenho e scouting, etc., e ao garantir uma metodologia única e atendimento padrão desses serviços “meio” à todas as categorias, cumprimos nosso objetivo e começamos a fundamentar as bases do crescimento. Dessa forma implementamos na prática que nem nós, colaboradores e diretoria, nem os jogadores, pertencíamos a castas, categorias ou setores distintos do clube, todos éramos Cruzeiro. Ao fazer crescer o senso de pertencimento, aumentamos também a responsabilidade e a importância que passamos a dar a cada decisão diária, a cada compra, a cada manutenção, a cada reunião interdisciplinar que entrávamos, pois sabíamos que falávamos em nome do Cruzeiro. O terceiro mantra era uma forma de garantir o distanciamento das práticas temerárias anteriores e, por isso, passou a fazer parte da nossa rotina o “fortalecer a instituição por meio de pessoas, processos e sistemas” e …