O maior mérito do Botafogo não foi trazer Luiz Henrique e Almada por mais de 100 milhões cada. Eles são a cereja do bolo. São o salto que o Botafogo do ano passado, que já ficou muito perto do título, deu para levantar taças esse ano - e vai.
O grande mérito, porém, tá na leitura de mercado para a montagem do elenco. Do bruto, do grosso. Dos 16 jogadores que entraram em campo ontem, contra o Vasco, SEIS chegaram sem custo. Outros 5 custaram menos de 10 milhões - Junior Santos custou um. Savarino e Gregore custaram menos de 15. As exceções foram Vitinho, Luiz Henrique e Almada, todos contratados este ano, já com o clube tendo um elenco competitivo - por isso a cereja.
O Vasco, por sua vez, dos 11 titulares, só Payet veio de graça. No banco, além da base, só Maicon.
O Botafogo é a prova de que é possível montar times competitivos gastando pouco. Mostra que é possível sim achar bons valores sem ter que desembolsar mais de 10 milhões em cada um - foi o caso da maioria dos jogadores contratados pelo Vasco.
Aliás, misturando os dois times titulares, é possível ver isso. Uma escalação com Jhon, PH, Alexander, Adryelson e Alex Telles; Marlon Freitas, Cocão, Savarino e Payet; Vegetti e Igor Jesus teria custado R$ 31,5 milhões. Menos do que custou João Victor, por exemplo.
E são exatamente esses achados do Botafogo que permitem ao clube investimentos maiores quando encontra a possibilidade de trazer um jogador fora da curva. Quando se paga milhões e milhões em jogadores comuns, falta na hora de trazer os que são fora da curva.
A diferença vista em campo começa fora dele.
* Adson e Clayton aparecem na lista nas vagas de Alegria e Rayan por serem jogadores da mesma posição contratados, já que a base obviamente não teve custo de compra. Ambos seriam opções se não fosse a lesão do 1º e o empréstimo do 2º.
Falei mais sobre isso lá no canal: https://youtube.com/watch?v=IW4BabUV31w