O Vasco entrou no ano de 2025 com pendências que preocupavam o torcedor vascaíno. Vários jogadores do time titular tinham contrato até o meio ou fim da temporada e eram dúvidas para o segundo semestre. Com a renovação de Léo Jardim nesta quinta-feira, a direção vascaína terminou de resolver os problemas e assegurou a permanência da espinha dorsal do time, composta pelos principais jogadores do elenco.
Desde janeiro, Vegetti, Coutinho, Rayan e Léo Jardim acertaram as suas respectivas renovações de contrato. Os quatro são titulares absolutos do Vasco de Fernando Diniz.
A primeira renovação acertada foi a do artilheiro do time. Vegetti tinha conversas com o Vasco desde o ano passado para uma extensão do vínculo até o fim deste ano. O argentino pedia um aumento salarial que correspondesse ao que entregava em campo. Depois de muitas negociações, o camisa 99 aceitou a proposta de R$ 760 mil fixos, com bônus por performance.
Depois, o foco passou a ser Rayan e Léo Jardim. Os dois tinham contrato também apenas até o fim de 2025. O caso de Rayan era mais preocupante, porque o atacante não tinha uma renovação automática prevista, e o Vasco poderia perdê-lo de graça no meio do ano.
A boa relação de Pedrinho com o Rayan e com Walkmar, pai e um dos empresários do atacante, fez diferença. O Vasco renovou com o jogador até o fim de 2026, com cláusulas que permitem ao clube renovar o contrato do atacante por mais tempo caso ele não seja vendido até lá. A direção quis se proteger para não perder Rayan de graça. Cria de São Januário, aos 18 anos ele é o principal ativo do clube.
O mesmo aconteceu com Léo Jardim, que é titular absoluto do time desde 2023 e tinha contrato até dezembro. Alvo do interesse de clubes europeus, o goleiro desejava um aumento de salário e um projeto de carreira interessante. Depois de oito meses de negociação, o Vasco chegou aos valores e às outras exigências de Jardim, que assinou até 2030. O clube também se protegeu de perder o goleiro de graça. A partir desta terça, a multa rescisória dele é de 10 milhões de euros, o equivalente a R$ 64,8 milhões (em cotação desta quinta-feira).
Com Philippe Coutinho foi diferente. O meia tinha contrato com o Vasco até o fim de junho e estava emprestado pelo Aston Villa, da Inglaterra. O jogador conseguiu a rescisão de contrato com os ingleses e assinou em definitivo com o clube carioca, sendo o novo camisa 10 da equipe.
Na entrevista coletiva de apresentação no Vasco, o diretor Admar Lopes disse que Fernando Diniz só fez um pedido: não perder nenhum titular na janela de transferências. Ao manter Jardim e Coutinho, e ter Rayan e Vegetti valorizados em novos contratos, a direção dá indícios que vai atender ao pedido do técnico. Agora, terá que segurar Rayan até o fim da janela de transferências para cumprir o desejo do técnico e não negociar outro jogador importante.
Há outros jogadores que ainda não acertaram suas renovações de contrato, como Paulinho, Jair e Puma Rodríguez. O primeiro ainda negocia, enquanto os outros dois não tiveram avanço nas conversas. Mauricio Lemos e Alex Teixeira também têm vínculos apenas até o fim do ano.
O Vasco volta a campo depois de um mês longe dos gramados no sábado. A equipe enfrenta o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, em Brasília. O clássico que será disputado no Mané Garrincha é válido pela 13ª rodada da competição.