O Vasco não fez um bom primeiro tempo do seu jogo de ida, contra o Athlético-PR, pelas quartas da Copa do Brasil, na noite de quinta-feira (29), em São Januário. Sem Adson para puxar o ataque, teve dificuldades para vencer as linhas de marcação. E tendo pela frente um adversário mais disposto, compactado, fechando os corredores e levando a melhor na ligação entre defesa e ataque, quase se complica. Os paranaenses fizeram 1 a 0 aos 32m e levaram para o segundo tempo vantagem que parecia irreversível.
Foi preciso mudar a postura na fase final, e isso ocorreu na medida em que seu jovem treinador foi alterando a formação. Com energia renovada, o time passou a ganhar as divididas, forçar o jogo pelos lados e a ter mais jogadores na área adversária. E como o artilheiro Vegetti esteve sempre bem vigiado, por dois os três marcadores, a virada, com outro 2 a 1, acabou saindo com gols de heróis improváveis, como Pumita e Hugo Moura - este já nos descontos. Um desfecho emocionante para uma torcida que mesmo contrariada pela atuação ruim empurrou o time até o apito final.
O Vasco agora vai para o jogo da volta, em Curitiba, no dia 11, em vantagem no duelo com o Athlético-PR, que divide o foco em três competições. O Furacão tem 54 jogos na temporada, onze a mais do que o Vasco, que tem 43, e não está sendo fácil para o técnico uruguaio Martin Varini, de 33 anos, recuperar a força dos jogadores e o fogo coletivo. Há queda de rendimento nos minutos finais e Rafael Paiva, o tal jovem treinador vascaíno, tem sabido tirar proveito das fraquezas de seus oponentes , exibindo mais do que conhecimento tático.
Ainda assim, o Vasco tem o segundo pior aproveitamento entre os oito times dessas quartas de final da Copa do Brasil, com três vitórias e quatro empates em sete jogos - ou seja, 61,9% dos pontos. Só é melhor do que o próprio Athletico-PR, que soma 60% dos pontos nas cinco partidas (três vitórias e duas derrotas) disputadas. O melhor aproveitamento é o do Flamengo, com 80% em cinco partidas, seguido por Juventude (71,4%), Bahia, Corinthians, Atlético-MG e São Paulo (com 66,6%). Vasco e Juventude, no entanto, são os únicos invictos entre os oito.