Atlético-MG e Vasco deram o pontapé inicial na disputa por uma vaga na final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (2), na Arena MRV, em um jogo eletrizante com vitória do time mandante por 2 a 1. O cruz-maltino abriu o placar com Philippe Coutinho em um belo contra-ataque, mas tomou a virada com gols de Guilherme Arana e Paulinho.
PRIMEIRO TEMPO
Repleto de desfalques, com as ausências de Bernard, Zaracho, Saraiva e Alisson, o Atlético começou a partida com uma configuração diferente. Arana fechou o meio de campo, enquanto Rubens foi fazer a ala e até metade do primeiro tempo, o Atlético tinha dificuldade para começar o jogo no campo defensivo por conta da marcação alta do Vasco. O time carioca controlava as ações e mantinha a bola. Defensivamente, colocou os dois zagueiros para marcar individualmente Hulk e Paulinho, enquanto Philippe Coutinho ditava o ritmo do meio campo vascaíno.
Os cariocas tinham mais a bola e o Atlético tentava explorar as bolas longas e contra-ataques, muitas vezes proporcionados pela forte marcação de Otávio na cabeça de área ao lado de Alan Franco.
Quando a dinâmica do jogo mudou e o Atlético tentou propor o jogo, Scarpa foi desarmado no campo ofensivo e em um contra ataque rápido, Vegetti acionou a velocidade de Emerson Rodriguez, que driblou Lyanco e rolou para Coutinho, dentro da área, passar por Otávio e marcar o primeiro gol da partida. 1 a 0, Vasco.
O jogo continuou na mesma toada. O Vasco tinha a posse de bola e o Atlético mantinha uma postura de time visitante, especulando os contragolpes, mas até os vinte minutos do primeiro tempo ainda não tinha incomodado o goleiro Leo Jardim.
Quando o Galo passou a ter mais controle do jogo, ainda enfrentava o principal inimigo do time de Gabriel MIlito: a falta de criatividade. As duas melhores oportunidades do time mineiro vieram depois de uma falha do zagueiro Maicon, após tentar rebater a bola para longe da área e, no bate e rebate, ela sobrou para Paulinho frente a frente com o goleiro adversário. Leo Jardim ficou gigante e defendeu o chute do atacante atleticano à queima-roupa, mandando a bola para escanteio. Na cobrança de escanteio, mais uma difícil defesa do vascaíno em uma cabeçada de Lyanco.
As transições ofensivas do Atlético passaram a funcionar. Lyanco abriu o jogo da defesa para Hulk, no ataque, que de letra deixou para Paulinho ganhar no pé de ferro do zagueiro Léo. Ele devolveu para Hulk na direita que cruzou e encontrou Arana na ponta esquerda e, de primeira, ele acertou um belo chute no ângulo, indefensável para o goleiro Leo Jardim.
Após o gol do Galo, o jogo ficou franco com os dois times buscando o ataque e deixando muito espaço para o adversário. Foi em uma dessas trocações que Arana recebeu a bola na linha de fundo e cruzou para Paulinho se adiantar à marcação de Léo e virar a partida. Galo 2 a 1.
SEGUNDO TEMPO
A segunda etapa começou de maneira semelhante ao início do jogo. O Vasco subiu as linhas de marcação e impôs dificuldade para a saída de bola atleticana. Com o placar adverso, o time de Rafael Paiva mudou com a entrada de Souza, no lugar de Mateus Carvalho. Aos dez minutos, a proposta surtiu efeito e o Vasco teve uma boa oportunidade com o argentino Sforza. Da entrada da área após receber passe de Coutinho, ele chutou forte, buscando o ângulo do goleiro Everson, mas a bola saiu pela linha de fundo.
O Atlético seguia confiando nas transições ofensivas rápidas, com poucos toques, tentando encontrar os homens de frente em velocidade. Com exceção de duas arrancadas de Lyanco, o Galo não ofereceu perigo ao adversário até os trinta minutos do segundo tempo.
O jogo esfriou, com os times mais receosos em se expor e complicar o jogo de volta. Com exceção de uma cabeçada de Battaglia em cobrança de escanteio aos trinta e três minutos da segunda etapa, nada aconteceu. Nem mesmo a tentativa de abafa do Vasco nos acréscimos, tampouco as tentativas de transição rápida do Galo.
O jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil só vai acontecer daqui dezessete dias. O Vasco da Gama recebe o Atlético em São Januário, no sábado (19), às 18h30, para definir o finalista do mata-mata.