Na sustentação jurídica enviada com a petição à Justiça pela recuperação judicial, o Vasco alega que a 777, enquanto sócia majoritária da SAF, pagou apenas 18% dos valores referentes a negociações por transferências de atletas, aquisição de direitos econômicos, luvas e comissões até maio de 2024.
Segundo a diretoria administrativa, a empresa fez com que a dívida do clube aumentasse em R$ 350 milhões, mesmo com o aporte de R$ 310 milhões realizado. O Vasco contabilizou o prejuízo até maio de 2024, pois foi quando conseguiu a liminar para tomar o controle da SAF da 777.
O levantamento não considera os compromissos que venceriam a partir de maio, portanto, que seguiram se avolumando. O aumento da dívida também se deu pela incidência de correção monetária e juros e, segundo o Vasco, pela gestão da 777 Carioca LLC, que aumentou gastos e não conseguiu ampliar a geração de receitas.
A situação financeira fez o Vasco entrar com o pedido de recuperação pois, diz o clube na petição, precisa cumprir o que prega a Lei da SAF, de quitar em seis anos até 60% das dívidas para poder requerer mais 4 anos para o pagamento dos 40% restantes, o que segundo a diretoria não será possível alcançar.