Com a expectativa de ir ainda mais longe na disputa em 2021, o Vasco estreia no Brasileirão Sub-17 neste sábado, contra o Atlético-MG. A partida no Nivaldão, em Nova Iguaçu (RJ), marca o início do calendário futebolístico em 2021 para jogadores da categoria vascaína, que passou por grande renovação para a nova temporada.
No ano passado, o Vasco parou nas quartas ao ser eliminado pelo rival Fluminense, que posteriormente conquistou o título do Brasileirão Sub-17. Contratado em fevereiro, o técnico Igor Guerra agora sente maior confiança na relação atleta/treinador, além de uma evolução do elenco - principalmente após as mudanças de rotina impostas pelo início da pandemia, em 2020.
- O processo de renovação desse ano apresentou fatores específicos, que tornaram o momento de adaptação muito particular. Em função da pandemia, muitos garotos não tiveram uma sequência de treinamentos e poucos participaram efetivamente da competição no ano passado. O ponto positivo foi o tempo satisfatório que tivemos para proporcionar uma boa adaptação e relação entre atletas e treinador. Hoje consigo perceber uma grande evolução individual e coletiva - analisa o treinador, que completa:
- Acredito sim que poderemos ir mais longe em relação à temporada anterior, pois temos uma equipe com bons valores individuais e um grupo muito competitivo.
A esperança por um desempenho ainda melhor no Brasileirão Sub-17 também se faz presente nas palavras de Victão, capitão do elenco. O zagueiro, que assinou seu primeiro contrato profissional com o Vasco em setembro de 2020, herdou a paixão pelo Vasco da mãe, que tem até uma Cruz de Malta tatuada no antebraço.
- A expectativa está muito boa. Tivemos bastante tempo para trabalhar desde que voltamos aos treinamentos. Tenho certeza que faremos um belo campeonato. Vamos buscar nossos objetivos com muita determinação - afirma o zagueiro.
O técnico Igor Guerra foi auxiliar de Marcos Valadares na campanha finalista com o sub-20 na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2019. A experiência na base do Vasco se mostra valiosa em um cenário cada vez mais comum no futebol brasileiro: a transição de jovens atletas, de 17 e até 16 anos, aos elencos profissionais.
O comandante destaca alguns fatores essenciais nesse processo, como desempenho em campo - tático, técnico e físico -, hábitos de vida saudáveis e preparação mental para otimizar as oportunidades. Há, ainda, o suporte de diversas áreas do staff do clube, algo que o Vasco "tem feito muito bem", segundo Guerra.
- Preparar um atleta para atuar na equipe de cima não é um processo simples, pois não existe uma única regra ou caminho para que isto aconteça. Muitos garotos que acreditamos estar prontos chegam ao profissional e não correspondem, enquanto outros que ainda não estão tão lapidados aproveitam a oportunidade com grande personalidade como se fosse a chance da vida. (...) Temos bons valores em todas as posições - completa.
- O primeiro passo para esses garotos é conseguir atuar em suas divisões com muita competitividade e personalidade, para que a ansiedade e o nervosismo não interfiram no seu desempenho.