O calor extremo no Rio de Janeiro, com sensação térmica acima de 50°C, prejudicou atletas do sub-13 do Vasco em jogo contra o Fluminense, na manhã deste sábado. Dois jogadores do clube se sentiram mal e precisaram ser substituídos na vitória vascaína por 2 a 0, pelo jogo de ida da final da Taça Rio do Campeonato Metropolitano. Samuel e Pietro marcaram os gols.
Um dos atletas apresentou quadro de vômito e outro sentiu mal-estar. Ambos precisaram deixar o campo antes do fim do clássico, mas foram atendidos pelo médico do Vasco e passam bem. Outros jogadores, inclusive do Fluminense, se sentiram mal, mas conseguiram suportar até o apito final.
O jogo teve início às 9h. Pessoas ouvidas pela reportagem defendem que o horário, nesse pico de calor que o Rio de Janeiro vivencia, não é o ideal. O clássico, porém, aconteceu no campo do Artsul, que não tem iluminação para receber uma partida à noite, que seria o mais adequado, por exemplo.
Por causa do forte calor, o jogo do sub-13 teve duas paradas técnicas para hidratação, tanto no primeiro tempo quanto na etapa final. A preocupação é que o mal-estar pode causar impactos mais importantes, com risco de síndrome do colapso do calor, ou seja, tonteira, fraqueza, perda cognitiva, confusão mental, hipotensão arterial e até AVC ou coma, em casos mais extremos.
Às 15h deste sábado, o sub-17 do Vasco entrará em campo também contra o Fluminense, pelo jogo de ida da final do Campeonato Carioca da categoria. O clube adota cuidados especiais nesse período, como hidratação vigorosa, com uso de isotônicos, e, em caso de sintomas, o jogador é substituído. Todos os jogos são acompanhados por médicos e há ambulâncias disponíveis em caso de necessidade de deslocamento para o hospital.