Antes de mais nada, o presidente do Vasco, Pedro Paulo de Oliveira, está muito insatisfeito com o trabalho exercido pelo departamento de futebol em 2025. Os últimos resultados obtidos na temporada foram a gota d’água para o mandatário.
A Agência RTI Esporte apurou que o diretor executivo Marcelo Sant’Anna corre risco no cargo ocupado no Vasco. Internamente há um entendimento de que o trabalho esta muito aquém das expectativas da diretoria por diversos pontos.
Nos bastidores de São Januário, Marcelo Sant’Anna vem sendo visto como o ‘símbolo do fracasso’ do Vasco em 2025. Isso porque entende-se que o dirigente acabou sendo pouco criativo nas últimas movimentações do clube no mercado da bola.
O dirigente começou a ser ‘escanteado’, como se diz na gíria do futebol, após a demissão de Fábio Carille. Desde então, ele passou a cuidar de assuntos administrativos da pasta. Com isso, Pedrinho centralizou a busca por um treinador e fechou a contratação de Fernando Diniz.
Ainda segundo apurou a reportagem, o Vasco já avalia nomes para substituir Marcelo Sant’Anna. Para comandar o futebol, há a possibilidade de buscar nomes mais experientes e com bons contatos nos bastidores do mercado da bola.
Não está descartada a possibilidade de o clube contratar um profissional como José Boto, do Flamengo, que tem grande rodagem na função. A busca por um diretor executivo também envolve o mercado internacional, principalmente, em Portugal.
Felipe Loureiro também pode deixar o Vasco
Marcelo Sant’Anna não é o único que pode deixar o Vasco após o vexame contra o Vitória-BA, no último sábado (10), pela Série A do Campeonato Brasileiro. O coordenador de futebol Felipe Loureiro, que comandou interinamente o time nos últimos jogos, também está ameaçado.
As atribuições do ídolo cruzmaltino no departamento de futebol do Vasco vão de acertar pequenos detalhes a decifrar a linguagem do boleiro “apenas com o olhar” e blindar a comissão técnica e, principalmente, Marcelo Sant’Anna.
As funções são de um dirigente à moda antiga, segundo funcionários que atuam no dia a dia do departamento de futebol relataram à Agência RTI Esporte, no Vasco. O papel primordial era evitar conflitos antes mesmo de eles acontecerem.
Esse cuidado, porém, deixou de existir: desde o dia 1º de maio, data do empate com o Operário-PR, em Ponta Grossa, pela Copa do Brasil, que Felipe Loureiro ‘perdeu o vestiário’. A o Tricolor não perde. Tem 10 vitórias e três empates, entre Gauchão e Copa do Brasil.
Na época, o treinador interino e diretor técnico do Vasco disse que não gosta de Manuel Capasso. Isso porque, o zagueiro argentino, que treina em separado do elenco desde janeiro, recusou propostas para deixar o Clube de São Januário.
“O (Manuel) Capasso não faz parte do elenco do Vasco. Ele teve a oportunidade de sair. São escolhas. Se você gosta do Capasso, não tem problema nenhum. Mas não faz parte do elenco. O Capasso teve a oportunidade de sair, não quis sair. Se tiver que botar um jogador da base, eu vou botar. Mas o Capasso não faz parte. São as escolhas no futebol”, disse.
A declaração do dirigente gerou tensão nos bastidores, que estava controlado no dia a dia, onde Felipe Loureiro atua no Vasco. Todas esses pontos estão sendo avaliados pela diretoria, mas, muito especificamente, por Pedrinho que deseja um ambiente ‘mais leve’ agora com a chegada do técnico Fernando Diniz em São Januário.