Há nove jogos sem vencer (3 E, 6 D, 11%) quando considerados também a Copa do Brasil e a Sul-Americana, o Vasco quando mandante no Brasileirão finaliza pouco e sofre muitas finalizações, mas está com o 12º desempenho caseiro (2 V, 1 E, 1 D, 58%) porque consegue ser eficiente em marcar e evitar gols.
O indicador de xG, que considera características de cada finalização, como ângulo, distância e número de adversários entre a bola e o gol, aponta o Vasco como o mandante que criou o menor nível de ameaça no Brasileirão.
Foram 38 finalizações, a menor marca caseira, que tiveram potencial estatístico para virar apenas três gols (3,03 xG), mas o Vasco desempenhou além do esperado e fez cinco gols quando teve o mando de campo.
Por outro lado, permitiu em quatro jogos que os visitantes fizessem 60 conclusões, com média 15,0 por jogo, a segunda pior entre os mandantes, com potencial para virarem seis gols (5,72 xGa), mas os adversários conseguiram marcar apenas três.
O momento do Fortaleza é melhor: nos últimos nove jogos, o aproveitamento é de 40% (2 V, 5 E, 2 D), considerando também Libertadores e Copa do Brasil. Não perde há sete partidas.
No Brasileirão, fez 40 finalizações em quatro partidas, com a quinta pior eficiência, um gol a cada 20 tentativas, ou um gol a cada dois jogos. Essas conclusões tiveram potencial para virar três gols (3,70 xG), mas só conseguiu fazer dois gols. É o terceiro visitante que menos finalizou, e ainda foi ineficiente.
Não venceu fora de casa, mas está com o sétimo desempenho forasteiro (0 V, 3 E, 1 D, 25%) graças à sua resistência defensiva. Sofreu 61 finalizações (média 15,3), a 14ª marca, mas é o segundo visitante que mais suportou pressões, com um gol sofrido a cada 20,3 conclusões contrárias. As finalizações sofridas tinham potencial para virar cinco gols (5,41 xGa), mas os adversários só conseguiram fazer três gols, o que ajudou a colocar o Fortaleza na 11ª colocação, com dez pontos.
Se o Vasco vencer, passa o Fortaleza na classificação. A equipe carioca tem potencial para gol a partir de jogada aérea porque fez assim oito dos últimos dez gols (12 de 15), e o Fortaleza sofreu dessa forma sete dos últimos nove gols.
O Fortaleza constrói suas jogadas de ataque normalmente trocando passes rasteiros, tendo marcado assim sete dos últimos dez gols (quatro dos últimos seis). O Vasco sofreu metade dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, mas é a bola aérea que castiga mais, com 12 dos últimos 18 gols sofridos nascendo em bolas altas.
*Gato Mestre é formado pelos jornalistas Arthur Sandes, Davi Barros, Guilherme Giavone, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Ingrid Fernandes (estagiária), Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e Valmir Storti e pelos cientistas de dados Paulo Pestana e Vitor Patalano.