Nota Oficial Grupo Pró-Vasco
Data: 28/abril/2025
Título: Demitir Carille: decisão técnica mais difícil da gestão Pedrinho
Quem assistiu a entrevista do presidente Pedrinho percebeu como isso o remoía internamente. O quanto dessa decisão foi dele, do Felipe, do seu entorno, ou por pressões da torcida e imprensa não se saberá com precisão, mas a decisão mais difícil do futebol até agora foi tomada. Esse é o fato. Fez-se a receita de bolo que domina o futebol brasileiro em momentos conturbados quando os resultados não chegam. E talvez isso é que tenha deixado evidente o desconforto do presidente Pedrinho.
Na visão do Grupo Pró-Vasco, Carille já apresentava uma evolução defensiva importante nos últimos jogos. Conteve o ímpeto na saída de bola optando por ser mais conservador e ter uma defesa jogando mais simples. Mas no meio campo e ataque faltou mais organização e ímpeto. Dois velhos problemas no meio campo não foram tratados: a) Coutinho ou Payet continuavam jogando muito pela esquerda, deixando o círculo central com pouca presença técnica de alto nível e criatividade; b) No ataque não se conseguiu mais presença perigosa (apesar de haver evoluído no jogo contra o Cruzeiro), isso porque o meio-campo não consegue quebrar as 1ª e 2ª linhas dos adversários, e quando consegue normalmente a transição não é completada dando-se preferência a cadência, o que permite que a defesa dos adversários jogue sempre muito bem postada. Os jogos contra o Flamengo e Lanús foram exemplos disso. Uma mentalidade mais segura na defesa é um problema? Não deveria ser, mas se tornou o grande problema do modelo imposto pelo técnico Carille, pois os resultados não vieram como poderiam. Jogar fora de casa deveria aliviar a pressão sobre a equipe, mas foi aí que o problema aflorou. Pelo brasileiro 3 jogos e 3 derrotas fora de casa, isso já com o carimbo do empate contra o Melgar com 2 gols sofridos no finalzinho.
O Presidente Pedrinho agora precisa de ainda mais coragem. Ele precisa compreender, e provavelmente já o fez, que esse modelo não deu certo, e colocar um novo técnico que não apresente algo mais ofensivo e inovador provavelmente o levará a mais um ano de preocupações na parte inferior da tabela e sem perspectivas nas copas. Talvez por isso ele tenha pensado no Renato Gaúcho (já empregado) e no Fernando Diniz. Como nomes como esses dois a aposta aumenta muito, além de outros fatores que só quem está lá dentro pode pesar e avaliar.
Entendemos que o presidente Pedrinho escolheu chamar a responsabilidade para si, preservando pessoas de sua total confiança. É louvável? Pode se dizer que sim. Mas o efeitos colaterais não são pequenos e começam a se acumular. Bate-bocas desnecessários, respostas pessoais a críticas como se fossem pessoais, explicações longas demais, entre outros pontos que deveriam ser evitados, ou ditos pelos responsáveis estratégicos de cada pasta na administração.
Enfim, mas administrar o Vasco nunca foi algo fácil, fazer interlocução com as informações em tempo real hoje em dia só tornou tudo muito mais desafiador, com o agravante de que as notícias sobre os problemas viajam na velocidade da luz, e as soluções encontradas pela gestão Pedrinho quase não recebem reconhecimento ou destaque. Esse é o mundo real, não haverá mudanças em relação a isso sem resultados esportivos de G6 para cima.
O Grupo Pró-Vasco deseja muita sabedoria e coragem ao presidente Pedrinho e sua gestão de importante momento. Que a nova decisão seja um grande acerto. Todos merecem um Vasco equilibrado, corajoso, jogando bem e com reflexo em resultados melhores. Que assim seja essa travessia por mares ainda turbulentos!!!!