O presidente do Conselho Fiscal do Vasco, João Marcos Amorim, explicou as 'reservas' da aprovação das contas de 2023, último ano da gestão Salgado. A reunião no Conselho Deliberativo ocorreu ontem a noite.
"O Conselho Deliberativo entendeu que as contas deveriam ser aprovadas reservando os itens apontados pelo Conselho Fiscal. Podemos destacar as dívidas relacionadas à reavaliação dos valores dos processos judiciais e ao saldo da conta corrente entre o CRVG e a Vasco SAF. Com a definição do Conselho Deliberativo, seu presidente João Riche anunciou que encaminhará a decisão para a Comissão que atualmente analisa o processo da negociação realizada entre o clube e o investidor.
João Marcos Amorim também presidiu o Conselho Fiscal durante a gestão de Salgado, e foi questionado sobre a venda da SAF para a 777 na reunião de ontem. O presidente explicou que o Conselho Fiscal não emitiu parecer sobre o tema na época.
"Houve um pronunciamento do ex-presidente Salgado através de uma carta sobre o Balanço de 2023, publicado pela administração e ele mencionou erradamente que houve um parecer favorável do Conselho Fiscal sobre a negociação da Vasco SAF. Talvez isso tenha induzido equivocadamente o conselheiro a levantar a questão sobre a tal avaliação do Conselho Fiscal anterior sobre a negociação. Relembro e ressalto que o Conselho Fiscal não emitiu qualquer parecer sobre a negociação com o investidor. Essa foi uma atribuição dada para a Comissão da SAF, criada para esse propósito. O único parecer do Conselho Fiscal no mandato anterior relacionado à Vasco SAF foi um trabalho técnico, contábil, sobre a utilização de bens e direitos patrimoniais para integralização da parcela do CRVG no capital da Vasco SAF. Não houve qualquer pronunciamento do Conselho Fiscal sobre nenhum aspecto da transação com o investidor, o que coube exclusivamente à Comissão designada, conforme decisão do próprio Conselho Deliberativo do Clube".