A expulsão do goleiro Léo Jardim no empate em 1 a 1 entre Vasco e Internacional, no Beira-Rio, foi tema de análise do comentarista PC Oliveira no Fechamento sportv. Para ele, não houve um erro técnico do árbitro Flávio Rodrigues de Souza, e sim rigor.
PC destacou como o comportamento do jogador vascaíno influencia na decisão e induz o árbitro a entender que não houve lesão, mas sim uma tentativa de retardar o jogo.
- A gente pode falar que ele foi rigoroso, que ele foi corajoso, todos os adjetivos que o Diniz usou. Mas não pode falar que ele errou. A questão é critério. Porque no primeiro tempo, Rochet também simulou e não tomou o cartão. Não é uma situação que só é feita pelo Léo Jardim no Vasco. O ideal era que todo mundo agisse como o Flávio. A gente pode falar de rigor, mas não dá para dizer que ele errou. A questão é se o critério vai ser adotado em outros jogos. O árbitro não é médico, mas também não é trouxa - explicou o analista, referindo-se à declaração do técnico vascaíno Fernando Diniz, que disse, em coletiva após a partida, que "o árbitro não é médico" e não poderia, por isso, avaliar que Léo Jardim estaria fazendo cera.
O comentarista Alexandre Lozetti ponderou também a questão da falta de critério. Para ele, há um padrão de goleiros agirem da mesma forma no Campeonato Brasileiro recorrentemente, sem que sejam punidos como foi o vascaíno.
- Seria lindo se isso acontecesse com todos os goleiros que fazem isso. Agora só com o Vasco, não. Porque aí acabaria com essa palhaçada de goleiro ficar caindo - destacou Lozetti.
Os ex-jogadores Richarlyson e Felipe Melo discordaram da marcação. Para eles, é possível, sim, que o jogador tenha sentido algum tipo de dor e, por isso, pedido atendimento. Eles defendem que a forma de coibir esse tipo de ação seja apenas utilizando os acréscimos.
- Para mim, não tem que expulsar. Se o jogador está com dor, ele não tem como saber. Tem que dar acréscimo. Pode dar cinco, 20, não interessa. Eu estou aqui para defender de fato o Vasco e o Léo Jardim. Contra o Criciúma, o goleiro não reclama de dor. Ele faz uma cera - afirmou Felipe Melo.