A janela de transferências de julho virou uma das principais pautas em meio à crise esportiva vivida pelo Vasco nas últimas semanas. A goleada de 4 a 1 sofrida para o Flamengo, quarta derrota seguida da equipe no Brasileirão, fez o técnico Maurício Barbieri balançar no cargo, mas sua manutenção até a chegada de reforços na famigerada janela é algo defendido dentro do núcleo do futebol comandado por Paulo Bracks.
A avaliação é que o elenco tem lacunas a serem preenchidas, que não foram abarcadas pelo investimento de cerca de R$ 110 milhões feito no início da temporada.
— Montamos 80% do elenco que queríamos, dentro do possível pelo orçamento. A conta é fácil: se trabalharemos em um elenco de 30 jogadores, e faltam 20%, faltam seis jogadores. Não garanto que contrataremos seis jogadores, mas os 80% eu reafirmo que conseguimos cumprir — explicou Bracks na terça-feira passada.
Para a janela, o clube tenta errar o mínimo possível. O perfil procurado é de jogadores mais experimentados em relação a boa parte do elenco, que é jovem e precisa desse equilíbrio. A preferência é por nomes prontos para jogar e testados em ligas competitivas.
Para a janela, o Vasco já tem um reforço muito adiantado: o atacante Serginho, do Giresunspor-TUR. O atacante de 28 anos tem contrato se encerrando com clube turco no fim da atual temporada europeia e já tem um pré-acordo com o cruz-maltino.
Serginho, que nunca atuou profissionalmente no futebol brasileiro, chega para ser uma opção de velocidade e toque rápido. Atua nas duas pontas, o que é importante para equilibrar as opções de Barbieri, que tem Gabriel Pec e Orellano como opções muito atreladas ao lado direito do campo.
A necessidade por um meia defensivo que proteja a zaga é latente no time do Vasco. Barbieri vinha usado o jovem Rodrigo no setor, única opção que tem a função como ofício no elenco. Barros, outro jovem da base, também vinha sendo testado numa função mais marcadora.
O Vasco já conversou com nomes como Souza e Allan, crias do clube, para o setor. O colombiano Cuéllar também é muito bem visto, mas os valores exigidos pelo Al-Hilal e a concorrência dificultam as negociações. Jorman Campuzano, volante colombiano que também atua pelo Giresusnpor-TUR, é o nome no qual o clube mais tem interesse. Bruno Henrique, ex-Palmeiras e Corinthians e hoje no Al-Ittihad, também está na mira.
O clube sondou vários nomes para a posição, mas poucos evoluíram de fato para conversas formais. O nome que chegou mais perto foi o de Franco Fagúndez, meia-atacante do Nacional-URU. Bracks pode voltar à carga pelo jogador de 22 anos, que tem um perfil de meia que pisa mais na área, podendo até atuar como atacante, mas a negociação é considerada difícil pela resistência do clube uruguaio.
Igor Coronado, do Al-Ittihad (Arábia Saudita), foi outro que esteve muito perto de São Januário, mas renovou contrato e dificilmente deixará o clube saudita.
Outra posição que deve ser vista com carinho é a de atacante de área. Rwan Cruz, opção de centroavante para a reserva de Pedro Raul, não ganhou o espaço esperado. Eguinaldo (18 anos), outra opção, é jovem e ainda em desenvolvimento. Rayan é visto como uma joia a ser lapidada e pode ganhar espaço, mas é ainda mais novo (16 anos).
Com a partida de Andrey para o Chelsea marcada para julho, o Vasco perderá uma opção de meia multifunções. Tem Marlon Gomes, que pode atuar de volante a ponta, mas ainda faltam alternativas, especialmente de jogadores mais testados, como Jair, que vem sendo um dos poucos destaques nessa fase complicada. De características ofensivas, defensivas ou ambas, o Vasco buscará jogadores versáteis no meio.