O disse-me-disse sobre a novela em que se transformou a renovação de Leandro Amaral ganhou mais um capítulo ontem, quando nosso melhor jogador (junto com Conca), atirou na cara de EuCirco Miranda a mentira (mais uma) perpetrada por ele e referendada (como sempre) pelos seus penduricalhos: \"Não renovei e não sei de onde tiraram esse valor de R$ 9 milhões\".
Eurico, até mesmo quando está com a razão, dá sempre um jeitinho de perdê-la. Deveria mesmo ter usado a cláusula de renovação automática. Foi muito correto ao dar aumento de 100% ao jogador.
Só que ele tinha que fazer uma presepada: Errou feio (mais uma vez) ao vir à imprensa (que ele finge odiar mas que ama, pois é o que dá legitimidade à desculpinha de perseguido), soltar foguetes antes da hora, numa tentativa desesperada de tentar fazer a sua verdade prevalecer a fórceps, ao invés de fazer a cortesia de conversar antes com o jogador, em nome dos bons serviços prestados por ele ao Vasco.
Isso não me espanta, vindo desse sujeito. O que me espanta é a falta de capacidade de análise dos fatos por parte da torcida, que insiste em cair no majadíssimo golpe de jogar o jogador contra a torcida, acusando-o de mercenário, que ele deve tudo ao Vasco.
Usando o Vaskipedia, fiz umas análises e cheguei a resultados interessantes. Os jogos abaixo são os jogos onde os gols marcados por Leandro Amaral foram decisivos para o resultado da partida. Ao lado, a pontuação a menos que teríamos sem seus gols:
12/07/2007 Atlético Paranaense (PR) São Januário 1 x 0: -2 pontos
19/08/2007 América (RN) São Januário 2 x 0: -2 pontos
16/09/2007 Flamengo (RJ) Maracanã 1 x 1: -1 ponto
14/10/2007 Botafogo (RJ) Maracanã 2 x 1: -2 pontos
28/10/2007 Palmeiras (SP) São Januário 2 x 2: -1 pontos
31/10/2007 Goiás (GO) Serra Dourada 3 x 2: -2 pontos
Fez as contas? Pois é. 10 pontos. 41 pontos sem ele. Tá bom, você acha que estou sendo muito pessimista, que se não fosse ele seria o Abuda a meter os gols? Vamos fazer um acordo e rachar o prejuízo meio-a-meio. 5 pontos. Estaríamos com 46, fazendo contas, fora da Sul Americana com certeza e, pior, precisando ganhar do Paraná desesperadamente na última rodada para escapar do único vexame a que Eurico ainda não nos submeteu.
No fim das contas, quem deve (e muito!) ao Leandro Amaral somos nós, vascaínos.
Faço, aqui, a minha parte. Deixo registrado meu preito de gratidão pela valentia, honradez e comprometimento com que nosso guerreiro nos defendeu este tempo todo.