— Você fez uma pergunta bem legal para mim, querendo me colocar em uma situação que não vai conseguir. Esse tipo de pergunta eu ouço há 15 anos. Posso pegar um recorte maior e dizer que peguei o Fluminense na zona de rebaixamento e foi terceiro colocado, o São Paulo as duas últimas Libertadores diretas foram comigo. Por aí vai. Naquela época eu já estava na praça há muito tempo. Mas toda vez que acontece algum declínio essa pergunta é feita. Tudo bem, ela é legítima, mas ela carece de sentido. Só no número. Se você quer só o número, a pergunta está legal. Mas te falo que estamos em direção muito opostas. Igual contra o Santos. Foi 6 a 0 o jogo e eu tive a mesma entrevista.
— O desempenho levou a isso. O desempenho que o Vasco estava tendo dava muita segurança que a gente teria chance de sair da zona de rebaixamento e desempenhar na Copa do Brasil. Se a gente desempenhar assim a chance diminui muito. O desempenho é uma coisa que eu vou buscar sempre. Você pode jogar muito bem, criar dez chances de gol, o seu adversário uma e perder por um a zero. Não foi o caso de hoje, mas é o que estava acontecendo. Hoje a gente poderia ter vencido o jogo, foi 3 a 2. Poderia ter ganhado de 2 a 1, mas não ia mudar muita coisa para mim. Ia mudar obviamente a coisa que importa muito que é a pontuação, mas não o que aconteceu no jogo. A gente ia ter que melhorar, porque se fica desempenhando desse jeito a chance de perder é muito grande.