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O entendimento da diretoria vascaína sobre atitude de Manuel Capasso

A declaração de Felipe sobre o zagueiro Capasso chamou a atenção depois do empate contra o Operário, nesta quinta-feira, em Ponta Grossa. O treinador interino e diretor técnico do Vasco disse que não gosta do zagueiro e afirmou que ele está fora dos planos do clube. Mas por que a situação chegou a esse ponto? O ge explica na reportagem.

— Se o Capasso fosse realmente esse grande zagueiro, ele não teria saído do Vasco. É questão de escolhas. Você (repórter) gosta dele. Eu não gosto - disse Felipe.

— O Capasso não faz parte do elenco do Vasco. Ele teve a oportunidade de sair. São escolhas. Se você gosta do Capasso, não tem problema nenhum. Mas não faz parte do elenco. O Capasso teve a oportunidade de sair, não quis sair. Se tiver que botar um jogador da base, eu vou botar. Mas o Capasso não faz parte. São as escolhas no futebol.

Capasso voltou ao Vasco no início do ano, depois de um empréstimo no Olimpia, clube no qual o zagueiro foi campeão paraguaio e um dos destaques da temporada. No entanto, desde o início da temporada, o departamento de futebol do clube não tinha o defensor nos planos para o restante do ano.

O contrato de Capasso com o Vasco vai até o fim de 2025. O intuito do clube era vender o zagueiro na primeira janela de transferências e lucrar com o jogador — ou recuperar parte do investimento no atleta, que foi contratado em 2023, por R$ 10 milhões.

O Vasco recebeu três ofertas por Manuel Capasso. O Penãrol, do Uruguai, o Sochi, da Rússia, e o Platense, da Argentina, fizeram propostas pelo atleta. No entanto, o jogador recusou as três propostas — mesmo com o clube já sinalizando que não contava com o zagueiro para a temporada. O Estudiantes, da Argentina, sondou a direção vascaína. Olimpia e Libertad sinalizaram que fariam propostas, mas não tiveram contato com o clube carioca.

Entende-se internamente que o atleta "sentou no contrato" com o Vasco.

Como o contrato do atleta é até o fim do ano, e com Capasso recusando as propostas que recebeu, o clube teria que renovar com ele para pensar em uma venda, visto que, a partir do meio do ano, o zagueiro pode sair de graça com um pré-contrato.

Para a direção vascaína, valia mais a pena vender o jogador valorizado no início do que arriscar uma renovação de contrato ou tentar mantê-lo no elenco para verificar se o zagueiro mereceria uma segunda chance.

Além da avaliação técnica e da questão financeira, o comportamento de Capasso também não caiu bem entre a gestão do clube. Logo depois da declaração de Felipe, o zagueiro publicou uma foto com a taça do Campeonato Paraguaio. Esta não foi a primeira "indireta" do atleta, que usava as redes sociais para postar fotos antigas dele em campo depois de derrotas ou empates do Vasco.

Depois de uma avaliação técnica do departamento de futebol e da comissão técnica de Carille, ficou decidido que Capasso não treinaria mais com o elenco principal do Vasco. No entanto, em novembro do ano passado, a direção do Vasco já havia entrado em contato com o estafe do jogador para negociá-lo.

No início da temporada, JP, Lucas Eduardo, Zé Gabriel, De Lucca e Serginho estavam na mesma situação. Todos aceitaram propostas de outros clubes ou rescindiram o contrato com o Vasco, menos Capasso. Riquelme também ainda está no clube.

Sem novas propostas e com problemas de relacionamento com a diretoria, o Vasco já considera Capasso uma peça fora do elenco, independentemente do treinador que vier a assumir a equipe.

Em 2025, Capasso só foi relacionado para uma partida no ano, a vitória por 1 a 0 contra o Botafogo, pelo Carioca, em São Januário. Ele não entrou em campo.

Isso aconteceu porque como o último clube dele era o Olimpia, um time de fora do Brasil, o Regulamento de Registro e Transferência de jogadores enquadra a situação do atleta na janela de transferências internacionais, que se encerrava no dia 28 de fevereiro. Para ter a possibilidade de ser negociado com outro clube brasileiro após esse período, Capasso precisaria estar relacionado em pelo menos um jogo do Vasco no Campeonato Estadual, o que aconteceu contra o Botafogo.

— Ele não faz parte (dos planos), mas precisava ser relacionado um jogo para que se estenda a possibilidade de ser negociado. Pelas informações que eu tenho, já apareceram quatro clubes e ele não quis ainda. Eu estou com dois meninos ali que estou gostando demais, que é o Lyncon e o Luiz Gustavo. Quero na hora que formar esse grupo abrir espaço para os meninos, para que eles possam trabalhar com a gente. A decisão sobre o Capasso, junto com a diretoria, foi por isso. Não atrapalha em nada, a gente leva 12 para o banco. Se não fosse relacionado um jogo, por ter vindo de fora do país, não poderia mais ser negociado com clubes do Brasil até o meio do ano — disse Carille, então treinador do Vasco, em fevereiro.

O zagueiro fez 16 jogos pelo clube entre 2023 e 2024 e marcou duas vezes. Para o elenco de 2025, o Vasco tem João Victor, Mauricio Lemos, Lucas Freitas e Lucas Oliveira como opções para a defesa. Luiz Gustavo e Lyncon, da base, e Souza, volante, também podem ser utilizados no setor.

Fonte: ge
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