O clássico é válido pela sexta rodada da Taça Guanabara, mas apesar do clichê, é sempre um campeonato à parte. Enquanto a comissão técnica encara o Cariocão como preparação para a temporada, tendo utilizado o time titular apenas em uma partida, Emiliano já disse que o Vasco irá com força máxima para a partida contra o Flamengo. Afinal, clássico é "vida ou morte".
- Clássico a gente tem que jogar vida ou morte. Vamos jogar com tudo o que a gente tem - disse o auxiliar de Ramón Díaz após a derrota para o Nova Iguaçu.
No Brasil, em pouco tempo Ramón conseguiu bons números contra os rivais cariocas, mas ainda falta a vitória sobre o Flamengo. No ano passado, pelo Brasileirão, o treinador comandou o Vasco em três clássicos, com derrota para o Rubro-Negro e vitórias sobre Botafogo e Fluminense, o que equivale a um aproveitamento de 66,6%.
Nas equipes por onde passou, Ramón Díaz teve bom retrospecto diante da atmosfera dos grandes clássicos argentinos e sauditas. Um dos maiores técnicos da história do River Plate, o comandante do Vasco só tem um retrospecto negativo contra o maior rival: Boca Juniors. Sobre os outros três grandes de Buenos Aires - Independiente, San Lorenzo e Racing -, ele tem vantagem.
Por sinal, Ramón também já treinou o San Lorenzo e o Independiente. Inclusive, os comandou contra o River Plate, clube onde é ídolo, e nunca perdeu. Os números abaixo incluem o retrospecto do treinador em clássicos de Buenos Aires nas passagens por River Plate, San Lorenzo e Independiente. O aproveitamento é de 72,5%.
Números de Ramón Díaz em clássicos de Buenos Aires
Clássicos sauditas
O treinador do Vasco, além de ser ídolo no River Plate, também tem uma história marcante no Al-Hilal, maior campeão da Arábia Saudita. Ramón e Emiliano Díaz são muito queridos pela torcida do time, que hoje tem Neymar. Na última passagem da comissão pelo Mundo Árabe, eles não perderam nenhum jogo para Al-Nassr e Al-Ittihad.
Entre 2022 e 2023, foram três vitórias e um empate do Al-Hilal contra o Al-Nassr em quatro partidas, enquanto contra o Al-Ittihad foram quatro vitórias em quatro jogos.
No geral, o aproveitamento foi de 66,6%.
O clássico contra o Al-Nassr é o de maior rivalidade para o Al-Hilal. O "Dérbi de Riad" coloca frente a frente os maiores times da cidade saudita. Hoje, mesmo com a lesão de Neymar, o Al-Hilal lidera o campeonato nacional, enquanto o Al-Nassr, de Luís Castro e Cristiano Ronaldo, é o segundo colocado.
O jogo contra o Al-Ittihad, time de Benzema hoje, é chamado de "El Clásico" saudita, já que o confronto representa o maior time das duas maiores cidade da Arábia Saudita: Riad e Jedá.
O técnico do Vasco também comandou o rival Al-Ittihad. Foram apenas três jogos lá, antes de ir para o Egito, e, no único clássico, contra o Al-Hilal, saiu derrotado.
Como treinador, Ramón Díaz ainda passou pelo futebol da Inglaterra, México, Egito, Paraguai e Emirados Árabes. Foram 13 clássicos disputados por Oxford United, América, Pyamids-FC, Libertad e Al-Nasr, com quatro vitórias, dois empates e sete derrotas, um aproveitamento de 35,8%.