Sforza, enfim, será jogador do Vasco. Tratado como joia na Argentina, o volante foi um dos principais temas da janela da SAF em janeiro. A negociação virou novela, mas com final feliz para o clube carioca e o jogador da seleção argentina olímpica.
Em meio à procura do Vasco por um volante na janela de transferências, o nome de Juan Sforza surgiu no dia 13 de janeiro na imprensa argentina, que dava a negociação do atleta com o clube carioca como encaminhada.
Técnico crava saída
No dia 15 de janeiro, após a partida do Newell's Old Boys contra o Peñarol, em um amistoso pela Série Río de la Plata, torneio que o Vasco também participou no Uruguai, o treinador Mauricio Larriera revelou que o jogador estava de saída do clube argentino.
- Sforza, sim, já está feito. A vida é ganhar e perder, é uma pena não tê-lo - respondeu o treinador sobre a saída do volante para o clube brasileiro.
Presidente desmente
No dia seguinte, o presidente do Newell's Old Boys conversou com o ge e disse que a negociação estava parada. Ignacio Astore afirmou que o clube argentino havia aceitado a proposta do Vasco, mas que não havia obtido retorno.
Então, a negociação não dependia mais dos argentinos, e sim do clube carioca. Mas por que o impasse?
Mudança de planos
João Victor foi a primeira contratação do Vasco em 2024. Uma "cartada" no mercado, o zagueiro chegou ao Rio de Janeiro por 6 milhões de euros, em uma negociação que pode chegar a até 8 milhões de euros. A prioridade, em sequência, seria concretizar o negócio de Sforza, que resolveria uma das carências do elenco: a posição de volante.
No entanto, durante as negociações com Sforza, o Vasco vendeu Gabriel Pec e precisou mudar a rota no mercado. Com a saída do cria, o foco principal se tornou um atacante de lado. A SAF logo identificou Adson como alvo para a ponta direita. O negócio foi concretizado em torno dos 5 milhões de euros.
E o Sforza?
Com o investimento feito em Adson, grande parte do orçamento previsto para transferências foi comprometido, se somadas as compras de João Victor, Mateus Carvalho e Paulo Henrique, além dos valores incluídos nos empréstimos de Rojas e Praxedes.
O Vasco teve que negociar com a 777 para esticar o orçamento previsto para contratações. Naquele momento, a vinda de Sforza ficou mais distante. Principalmente por um pedido da comissão técnica.
Cuéllar
Ramón Díaz e Emiliano tinham um outro preferido para a posição: Gustavo Cuéllar. A comissão técnica do Vasco já havia trabalhado com o jogador no Al-Hilal e pediu ao departamento de futebol que fechasse a volta do meio-campista ao futebol brasileiro.
A 777 aprovou o nome do colombiano, mas havia outro empecilho: o Al-Shabab, time atual de Cuéllar, que não aceitou liberar o jogador.
Venda de Marlon Gomes
Um novo capítulo mudou os rumos da história: a venda de Marlon Gomes, concretizada no dia 25 de janeiro. Ali o Vasco conseguiu o reajuste no orçamento. O processo é visto com naturalidade: com as vendas, é possível ter "um jogo de cintura" para negociar uma grana a mais para contratações, a depender do cenário - o que foi feito após as vendas de Gabriel Pec e Marlon Gomes.
O Vasco retomou as conversas que já estavam avançadas com o Newell's Old Boys, finalizou os últimos detalhes da negociação e sacramentou a compra. Era uma semana decisiva para o clube argentino, que cogitava travar o negócio por causa do fechamento da janela e início do campeonato. A SAF agiu rápido e, em três dias, a negociação foi concretizada entre as partes. A assinatura, para encerrar a novela, aconteceu nesta quarta-feira.
Desde o início das conversas, Sforza se mostrou muito interessado em vir jogar no Vasco. O atleta vê a possibilidade de jogar no clube brasileiro como um salto na carreira e está animado para trabalhar com Ramón Díaz, lenda no futebol argentino.