O Vasco amargou uma nova derrota na arbitragem que visa solucionar o imbróglio com a 777 Carioca a respeito da SAF. Pela terceira vez consecutiva, o árbitro indicado pelo Cruzmaltino foi afastado em razão de conflito de interesses com os advogados do clube.
A decisão atende a um pedido de impugnação apresentado pela 777 contra a indicação do ex-presidente da OAB do Rio Luciano Bandeira. O motivo apontado na petição foi sua atuação conjunta com advogados do Vasco (dos escritórios Salomão Advogados e Ferro, Castro Neves, Daltro e Gomide Advogados), o que é vedado pela Lei de Arbitragem.
A 777 sustentou que Bandeira e os escritórios têm interesses econômicos comuns, de modo que o ex-presidente da OAB-RJ não poderia exercer o papel de árbitro com independência e imparcialidade.
A Câmara da FGV deu razão à 777. Segundo o presidente da Comissão de Arbitragem, Marcus Faver, "não nos parece que se possa entender que os fatos e circunstâncias alegados como suscetíveis de justificar a impugnação do insigne árbitro sejam insuscetíveis de abalar a confiança da parte em um julgamento isento". Para ele, é "absolutamente compreensível" o desconforto da 777.
Primeira árbitra indicada pelo Vasco, Ana Tereza Basílio renunciou após ser impugnada também por conta de sua proximidade com os advogados do clube. Depois, o novo árbitro indicado pelo Vasco, Caio Rocha, também renunciou alegando questões pessoais.
A 777 busca retomar o controle sobre o clube-empresa. Já a associação quer viabilizar sua revenda a novos proprietários.
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