SAF-VASCO SEM CONSELHO FISCAL…
Em maio deste ano, o Conselho Fiscal da SAF do Vasco, formado por três profissionais de alto nível do mercado corporativo, chamou atenção nas demonstrações contábeis da empresa para o prejuízo de R$ 123,5 milhões no exercício de 2023.
"O Conselho Fiscal recebeu, em sua 12ª reunião de 8 de abril de 2024, informações da Diretoria Executiva sobre como manter as futuras operações do Vasco SAF em condições superavitárias, através de um plano de negócios de alto nível até 2033. A continuidade operacional do Vasco SAF dependerá da implementação bem-sucedida de planos como o apresentado", dizia o parecer do órgão.
O documento ressaltava que a empresa então controlada pela 777 Partners havia fechado 2023 com patrimônio líquido negativo de R$ 601,7 milhões. E que mesmo com os aportes previstos para 2024 (R$ 270 milhões) e 2025 (R$ 120 milhões) o patrimônio líquido continuaria negativo em R$ 212 milhões.
Cobrava, portanto, mais equilíbrio financeiro para o pagamento da dívida herdada no contrato de aquisição de 70% das ações, em que pese a importância de valores empregados na estabilização dos resultados esportivos em 2023 e o esforço para pagamento de mais R$ 140 milhões do valor principal e dos juros da dívida.
Pois bem, com o rompimento do acordo entre os acionistas (777 e CRVG) e o previsível agravamento das finanças da empresa, Carlos Antônio Rodrigues Jorge, o presidente do Conselho Fiscal, e os outros dois membros, Marco Norci Schroeder e Wander Faria de Souza Azevedo entregaram seus cargos no órgão no último dia 11.
O presidente do Vasco, Pedro Paulo de Oliveira, o ídolo Pedrinho, ainda não comunicou oficialmente a saída dos profissionais, tampouco os nomes de seus substitutos. No momento, a diretoria divide suas atenções entre a prospecção de um novo investidor e o acordo com a A-CAP, seguradora americana que herdou os 31% das ações da SAF - Vasco compradas pela 777 Partners.