Dos oito gols de Vegetti na Série A do Brasileiro, quatro foram de cabeça. E não lembro de o clube desfrutar de artilheiro com características semelhantes desde Jardel, no início dos anos 90. Luizão, campeão da Libertadores, conquista que nesta segunda-feira (26) completou 26 anos, até era bom cabeceador. Fez desta forma onze de seus 38 gols pelo Vasco. Mas não tem o mesmo estilo, rompedor e decisivo. Como demonstrou neste 2 a 1, de virada, sobre o Athletico-PR. Uma vitória que o time de Rafael Paiva foi buscar empurrado pelo bafo da torcida, valendo-se de sua essência para superar suas deficiências. Não concordo com as críticas ao treinador e, pelo contrário, tenho absoluta convicção de que a reação vascaína neste Brasileiro passa obrigatoriamente pelo estilo arejado, equilibrado e coerente que ele emprega na montagem de um trabalho competitivo. E a arrancada do garoto Rayan, pelo meio (real posição dele) no gol do colombiano Emerson Rodriguez, e a investida do jovem Leandrinho no gol de Vegetti (foto) dizem muito sobre a importância do treinador promovido da base do clube. Vitória difícil, importantíssima e repleta de significados numa noite de boas e saudosas lembranças…