- Acho que, para jogar no Vasco, o jogador tem que assimilar as vaias da torcida, que tem todo o direito de cobrar, xingar. Fizeram um protesto justo, não teve nada, não teve violência lá no CT. Eu, particularmente, talvez não seja a pessoa mais indicada para falar porque eu gosto muito da torcida do Vasco, independentemente da vaia. Pode me vaiar, deixar de me vaiar, acho que é uma torcida que é uma força muito grande que a gente tem. É uma torcida que carrega, nos últimos 20 anos, e não corresponde muito àquilo que é o Vasco da Gama (em má fase dentro de campo). É uma torcida muito machucada - respondeu o treinador.
- Quando eles estiveram lá, até falei que os jogadores às vezes erram, mas... É um time que eu identifico, na minha carreira inteira, como um dos que mais trabalham. Os jogadores trabalham e querem muito tirar o Vasco dessa situação, e acredito que a gente vai conseguir. Temos performado bem desde que eu cheguei aqui. Houve muita melhora, e o time consegue fazer coisas da parte tática que são difíceis. Conseguimos dominar praticamente todas as fases do jogo, marcamos alto, médio, baixo, saímos jogando e conseguimos criar contra linha baixa, o que é muito difícil. A gente tem praticamente um mês, 40 dias de treinamento, mais os jogos. É muita coisa que a equipe consegue produzir pela entrega dos jogadores - completou ele.
Fernando Diniz continuou respondendo sobre o assunto:
- Em relação às vaias, acho que os jogadores assimilaram bem. Piton fez uma partida mais do que justa, jogou muito bem, marcou o principal jogador do Grêmio no campeonato, o garoto da base (Alysson), conseguiu se apresentar no ataque. O João Victor, de maneira geral, também fez uma boa partida, assim como o Lucas Freitas. Isso (vaias) só vai passar com vitórias. A torcida, ao mesmo tempo que vaia, depois quer aplaudir o jogador. O João Victor precisa ser forte, o Lucas Freitas, o Piton, seguir e o time precisa vencer. Vencendo é que essas coisas amenizam, e a torcida vem para o nosso lado. Hoje era um jogo para a gente ganhar de placar folgado pelo que aconteceu. São 31 finalizações, praticamente 12 chutes dentro da área. É muito difícil produzir o número de chances que a gente produziu. Infelizmente, não conseguimos vencer o jogo - concluiu.