Categorias de base

Cria da base: Siston conhece bem o processo pelo qual passam seus comandados

O Vasco disputa, neste domingo, a grande final da Copa do Brasil Sub-20, contra o Bahia, às 19h (de Brasília), em São Januário. O ge transmite em tempo real e o assinante do SporTV 2 acompanha todas as emoções. Após vencer por 2 a 1 no Pituaçu, o time vascaíno leva a vantagem do empate para decidir o titulo nacional.

O treinador da equipe conhece bem o processo pelo qual passam seus comandados. Diogo Siston jogou nas categorias de base do Vasco por dez anos, até se profissionalizar e conquistar títulos que guarda na memória.

- Eu fiquei dez anos na base do Vasco. Cheguei aos nove anos, no futsal. Me profissionalizei com 19 e fiquei até os 22 anos como profissional do clube. Tive alguns títulos marcantes na base. Fui campeão carioca duas vezes no mirim, campeão carioca no infantil, fomos campeões nacionais no juvenil e fui campeão estadual no sub-20. No profissional eu participei da Mercosul de 2000, entrei em dois jogos no decorrer da campanha. Também conquistei o estadual de 2003.

Foto: Arquivo PessoalDiogo Siston
Diogo Siston

Siston fez parte de uma geração vitoriosa na base vascaína e, após três anos como profissional do clube, passou por clubes de Israel, Portugal e Grécia, até encerrar a carreira aos 32 anos, em 2013, no Rio Claro, de São Paulo. O atual comandante da equipe sub-20 acredita que a experiência vivida por ele no processo de transição da base para o profissional do Vasco contribui no trabalho de comandar os atletas hoje que buscam este objetivo.

- Ter jogado já faz com que eu tenha experiências práticas para poder contribuir na formação desses jogadores e acredito que por ter feito esse mesmo processo de formação como jogador no mesmo clube que eles acaba sendo sim um diferencial. O futebol evolui, os clubes evoluem, mas não perdem a sua identidade. Então além de trocar experiências por ter jogado, passo algumas particularidades do clube que são importantes na formação dos nossos jogadores.

Até outubro de 2020, Siston era auxiliar técnico da equipe. Com o desfalque de Alexandre Grasseli, que passou a fazer parte da comissão técnica permanente do time profissional do Vasco, ele assumiu o comando. Dois meses depois, conquistou o título carioca, em decisão contra o Botafogo. Neste domingo, pode conquistar o segundo troféu em três meses. Diogo Siston conta viver um "momento especial".

Foto: Rafael Ribeiro RioDiogo Siston
Diogo Siston

O bom momento, com o título estadual e a campanha na Copa do Brasil, é atribuído por Diogo Siston, principalmente, ao equilíbrio da equipe, à qualidade e ao comprometimento dos jogadores.

- É um momento muito especial na minha vida profissional. O que vivemos conquistando o Campeonato Carioca e agora podendo decidir a Copa do Brasil é um momento muito especial para todos nós que estamos no trabalho. Estamos com os pés no chão para manter a concentração.

- Temos uma equipe equilibrada que tem um bom jogo posicional até chegar ao último terço e uma boa mobilidade dos nossos quatro jogadores mais ofensivos. Além disso, temos jogadores com qualidade, comprometidos e dispostos a cumprir tudo que nós da comissão técnica estamos propondo.

Após vitória de virada no primeiro jogo, Siston analisa a equipe do Bahia e destaca o principal desafio vascaíno para conseguir o título em São Januário.

- O maior desafio é para que nos mantenhamos organizados nos processos defensivos não dando espaços à equipe do Bahia, mas principalmente organizados ao atacar para não darmos os contra ataques, visto que eles têm uma transição ofensiva muito boa. O Bahia tem uma equipe bem equilibrada e muito perigosa. Não foi à toa que eliminou São Paulo e Palmeiras até chegar à final.

Apesar da vantagem conquistada na primeira partida, o treinador garante que a forma de jogar característica da equipe não será alterada. Para Siston, é importante ter a consciência de que a decisão não está ganha.

- Não podemos sentar na vantagem que temos. Pelo contrário, temos que manter o mesmo jogo. A nossa equipe tem uma forma de jogar e não podemos alterá-la. A vantagem é importante e o privilégio de decidir em casa, mas para por aí. Pode ser um jogo diferente do que ocorreu em Salvador. Temos que estar focados e conscientes de que não está nada ganho.

O time carioca venceu o primeiro jogo por 2 a 1, com gols de Gabriel Pec e MT e pode ser campeão com qualquer empate em São Januário.

Fonte: GE
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