Como encara o trabalho? Volta por cima?
— Isso é uma pergunta muito boa. Eu, diferente da maioria das pessoas, não foco só no resultado. Não é a única coisa importante. Nesses momentos quando o resultado não aparece, eu só faço uma coisa, que é melhorar. Pode perder o jogo, campeonato, mas não pode perder as coisa essenciais da vida: capacidade de melhorar, ficar mais forte. Eu sou seguramente melhor agora do que ante. Isso significa que o Vasco vai ganhar tudo. Não. Mas futebol é muito mais do que conquista do título, é muito maior.
— Para mim, ser campeão de verdade é todo dia. Para gente ser exemplo de gente assim, não precisa necessariamente ganhar taça. Vai ser efeito, não a causa. Temos controle sobre a causa. Quando os problemas aparecem, temos a tendência de empurrar o problema, mas ninguém pega para resolver. Precisamos de muito trabalho, de muita gente. Estou muito feliz de vir para cá, estou mais preparado do que quando assumi o Fluminense. Espero que eu consiga ajudar.
Como trabalhar mental?
— Vou trabalhar trabalhando. É difícil responder (risos). Estou trabalhando no meu limite máximo, conversar com os jogadores, mostrar vídeo. Um momento difícil pode te colocar para baixo ou pode ser um grande trampolim. Temos que nos fortalecer, acho que os jogadores estão entendendo. Eles oscilaram mais para baixo que para cima, mas tiveram bons momentos também. Repito: tenho muita confiança nos jogadores e na direção. Se a torcida cobrar, temos que saber absorver a cobrança. Todo mundo sabe que a torcida do Vasco é uma força da natureza, nós temos que criar uma conexão com eles