A diretoria de comunicação da CBF afirmou que o equipamento utilizado no Brasil é idêntico ao empregado na Premier League. No entanto, na semana passada, o ex-árbitro Alfredo dos Santos Loebling declarou ao “De Primeira”, do UOL, que, embora o sistema seja similar, o software utilizado aqui é de uma geração anterior.
Em resposta, a CBF desmentiu essa afirmação, mas reconheceu que as câmeras utilizadas nas transmissões da Premier League podem oferecer maior nitidez em comparação às usadas no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. Essa diferença de qualidade de imagem poderia influenciar a clareza das análises feitas pelo VAR.
Um lance específico durante o último final de semana destacou essa questão. O gol de Vegetti, do Vasco, que aparentemente teve um toque de mão antes da finalização, não foi anulado. O árbitro Anderson Daronco optou por não invalidar o gol após revisar as imagens, por não ter convicção suficiente para tomar essa decisão.
O ex-árbitro Renato Marsiglia, também em entrevista ao “De Primeira”, compartilhou sua dúvida sobre a existência do toque de mão nas imagens revisadas.
Na semana anterior, outra situação polêmica envolvendo o VAR ocorreu na Copa do Brasil, durante a partida entre Palmeiras e Flamengo. A marcação de impedimento de López, do Palmeiras, gerou dúvidas sobre a precisão da identificação do momento exato em que a bola saiu do pé do lançador, Gabriel Menino.
Esse tipo de controvérsia não é novidade. Há dois anos, o Flamengo protestou contra a anulação de um gol de Gabriel Barbosa em um jogo contra o Botafogo, em Brasília. Na ocasião, o clube alegou que o impedimento foi marcado pelo VAR apenas após a bola já ter saído do pé de Éverton Ribeiro.