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Análise: Vasco vence e põe vírgula em crise que precisa de ponto final

Rayan, Philippe Coutinho e Tchê Tchê marcaram ainda no primeiro tempo e deram total tranquilidade ao time de Fernando Diniz. Encerraram uma sequência de sete jogos sem vitória, todos realizados após a volta das competições depois da parada para a Copa do Mundo de Clubes.

— A vitória é muito importante. É um campeonato em que estamos entre os oito classificados, que o Vasco não vence desde 2011. Nós temos nosso quinhão de chance, um oitavo de chances de ser campeões neste momento. Mas agora temos que pensar no Atlético Mineiro (rival do domingo, pelo Brasileirão). Obviamente, você imagina se a gente não passa hoje. Ia ficar um clima totalmente negativo e pessimista, a torcida ia sair do estádio ferida. Acho que a torcida sai do estádio hoje contente pela classificação. Se pudesse separar o primeiro do segundo tempo, ia sair muito contente com o que a gente fez no primeiro tempo. E a torcida deu um show também, a torcida ainda foi melhor do que o time — analisou Diniz.

Com a classificação, o Vasco fatura R$ 4.740.750 em premiação pela disputa das quartas. O cruz-maltino se junta a Atlético-MG, Athletico-PR, Bahia, Botafogo, Corinthians, Fluminense e Cruzeiro na próxima fase. Os confrontos serão definidos por sorteio, que será realizado na próxima terça-feira, às 10h, na sede da CBF. Os jogos de ida estão previstos para a última semana de agosto, e as partidas de volta, para a semana da data-base de 11 de setembro.

Semana conturbada

O jogo foi também um respiro em meio a semanas turbulentas fora de campo, de críticas, protestos e até denúncias anônimas sobre supostos planos de sequestro ao presidente Pedrinho. Desde antes do apito inicial — com direito a um mosaico com os dizeres “juntos somos mais fortes” —, o clima era de apoio. O resultado e o desempenho em campo fortaleceram o bom ambiente nas arquibancadas. Não houve vaias ou críticas.

Sem João Victor, expulso no jogo de ida, Diniz optou por voltar a improvisar o volante Hugo Moura na defesa, ao lado de Lucas Freitas. No meio, entrou Jair. As alterações deram dinamismo à saída de bola, às custas da queda da recomposição defensiva na transição. Não foi problema no primeiro tempo, já que o Vasco teve a bola na maior parte.

O time de Diniz soube explorar bem a superioridade técnica sobre o time alagoano. Mordeu bastante pelo meio, aproveitou os erros na saída de bola e alternou entre criar por ultrapassagens nos corredores, enfiadas pelo meio e chutes de fora. No último fundamento, Rayan esteve afiado.

Foi o próprio atacante que abriu o placar. Logo depois de desperdiçar ótima oportunidade, compensou completando cruzamento de Piton após lindo passe de Nuno Moreira, outro que vinha em ótima noite. O atacante ainda criaria o segundo gol em um dos tais chutes de longe, rebatido para o meio da área por Gabriel Félix. Ficou à feição de Coutinho, que voltou a marcar depois de mais de quatro meses de jejum.

O terceiro veio com Tchê Tchê, premiado pela criatividade na noite. Em mais uma bela jogada da dupla Piton e Nuno, o volante recebeu dentro da área, limpou a marcação e fez um golaço, seu primeiro gol com a camisa cruz-maltina — que tirou na comemoração e levou o cartão amarelo.

O segundo tempo foi de pequenos sustos. O CSA diminuiu com Brayann logo no início, pelo alto, e reduziu, por um período a festa dos torcedores na arquibancada. Na sequência, o Vasco desperdiçou chances de ampliar.

Nos contra-ataques, o time alagoano chegava com espaço, mas faltava qualidade no último passe e na finalização. Falhas de transição defensiva que, pelo lado do Vasco, precisam ser corrigidas com urgência, em especial para a sequência no Brasileirão.

A vaga ficou com o time de Diniz, que agora vira a chave e volta a campo pelo Brasileiro, no domingo, quando recebe o Atlético Mineiro, com a missão de deixar a zona de rebaixamento. E com a esperança de ajustar erros, amplificar acertos e transformar a vírgula na crise em ponto final.

— De maneira geral, fizemos bons jogos contra Mirassol e Internacional no primeiro tempo. São campeonatos diferentes. Precisamos pontuar rápido. A equipe tem produzido para ganhar jogos. Eu espero que a gente consiga fazer uma grande partida e dar esse presente para a torcida no domingo — projetou Diniz.

Foram 56 dias, 1.344 horas sem que um juiz apitasse o fim de jogo em uma vitória do Vasco. A péssima fase vivida pelo cruz-maltino ganhou, ontem, uma vírgula na agonia. Em um São Januário lotado, o time carioca fez 3 a 1 no CSA — com direito a grande 1º tempo — e avançou às quartas de final da Copa do Brasil pela segunda temporada seguida. Vitória e atuação que trazem alívio e um desejo de continuidade à torcida.

Fonte: Agência O Globo
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