O Vasco jogou com coragem em Belo Horizonte contra o Atlético-MG, na Arena MRV. O time não se acovardou fora de casa, foi para o jogo, mas com erros individuais saiu com a derrota por 2 a 1 nesta quarta-feira.
No entanto, o placar mantém a equipe mais do que viva na semifinal da Copa do Brasil. Qualquer vitória simples por um gol de diferença leva a decisão da vaga na final para os pênaltis, os quais já foram a forma de classificação do Vasco três vezes nesta edição.
Estratégia
O Vasco adotou uma estratégia surpreendente no primeiro tempo. Foram mais de 25 minutos com marcação alta, pressão na saída de bola do Atlético-MG e boas chegadas ao ataque.
Em uma delas, Vegetti lançou Emerson Rodríguez, que fez uma boa jogada pela esquerda até encontrar Coutinho. O meia, que fez sua melhor partida desde o retorno ao Vasco, costurou a defesa do Galo e marcou um golaço na Arena MRV.
Com méritos, o time abriu o placar e seguiu em cima. No entanto, a maior virtude do Vasco foi a vilã do primeiro tempo. Na pressão que o Vasco exerceu, cedeu contra-ataque para o Atlético-MG na segunda metade do primeiro tempo.
Em arrancada de Paulinho, Léo não freou o atacante da equipe mineira. O primeiro erro individual fatal da virada do Atlético-MG.
Para piorar, Arana acertou um chutaço, sem chances para Léo Jardim fazer a defesa. Em casa, o Atlético-MG aproveitou a pressão e seguiu em cima do Vasco. Em seis minutos, Paulinho virou, em cruzamento de Arana, no qual Léo, novamente, e Pumita deram espaço para o ataque do Atlético no lance da virada.
Marcado por falhas recentes, Léo, em dois lances, acumulou erros determinantes em mais um resultado. O que dificultará, ainda mais, uma sequência dele no time titular. Com João Victor como sombra, contratação mais cara da era SAF do Vasco, Léo ser preservado nos próximos jogos.
A pressão do primeiro tempo
No fim do primeiro tempo, o Vasco cedeu à pressão do Atlético-MG, e o placar poderia ter sido ainda maior. No entanto, Léo Jardim fez boas defesas, e o Galo desperdiçou oportunidades ao longo da primeira etapa.
Na etapa final, o Atletico-MG não teve o mesmo ímpeto. O Vasco abaixou as linhas e tirou o controle da posse de bola.
No entanto, faltou saúde, com a saída de Emerson Rodriguez, que teve boa chance de finalização, mas hesitou, e com o cansaço de Coutinho, melhor em campo pelo Vasco.
Jean David, Payet e Alex Teixeira não impuseram o mesmo ritmo dos que começaram a partida, e o Vasco não chegava com força ao ataque. No fim do jogo, na base dos cruzamentos, principal arma do Vasco com Vegetti, o time cresceu de produção, ameaçou o gol rival, mas saiu com a derrota no placar.
Poderia ser pior? Com certeza, sobretudo pela pressão do fim do primeiro tempo. Poderia ser melhor? Com certeza, com o controle do Vasco no primeiro tempo até a primeira falha.
O jogo, no entanto, é feito de um contexto que não pode ser descartado. Do outro lado, há um dos times mais qualificados do continente, que está nas semifinais da Libertadores. Em dois erros do Vasco, a qualidade do adversário se sobressaiu, e o Atlético-MG foi fatal.
O Vasco competiu e foi superior em parte do jogo ao adversário. Importante sair de Belo Horizonte vivo. Ao lado de sua torcida em São Januário, tem totais condições de mostrar e comprovar, mais uma vez, a alcunha de “time da virada”.