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Análise: Vasco de Rafael Paiva se consolida e faz mais uma vítima

O Vasco vive o seu melhor momento na temporada. A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians nesta quarta-feira, a terceira consecutiva neste Brasileirão, fala por si só e serve para consolidar a reação da equipe dentro do campeonato.

O time de Rafael Paiva não joga o futebol mais vistoso do Brasil. Mas, com o simples, no feijão com o arroz, venceu São Paulo, Fortaleza, Internacional e agora o Corinthians em três semanas. Não fosse o gol sofrido praticamente no último lance do jogo contra o Bahia, na Fonte Nova, a essa altura poderia ostentar uma invencibilidade de seis rodadas.

A guinada no campeonato distanciou de vez a equipe da zona de rebaixamento: oito longos pontos separam a equipe do próprio Corinthians, que no momento é o primeiro clube no Z-4. E permite ao Vasco olhar para cima na tabela com novos objetivos no horizonte. Ora, a zona de classificação para a Sul-Americana está apenas seis pontos à frente.

Com o discurso de pés no chão e jogadores ligados na mesma sintonia, o Vasco tem se mostrado acima de tudo uma equipe mais madura. Por isso, foi buscar o empate no clássico contra o Botafogo esses dias, não se afobou quando a bola demorou a entrar contra o Fortaleza e foi buscar a vitória sobre o Inter, dentro do Beira-Rio, mesmo com o desfalque de cinco jogadores considerados titulares.

O jogo contra o Corinthians teve enredo parecido. Com Praxedes escalado como o homem mais adiantado no meio de campo, o Vasco começou melhor em São Januário e quase bateu 70% de posse de bola em um determinado momento do primeiro tempo, embora só conseguisse espaço para finalizações de fora da área.

O Timão respondia com estocadas em contra-ataque que incomodavam e teve suas chances com Bidu, que tirou tinta da trave em chute de dentro da área, e Igor Coronado, que marcaria um bonito gol de falta se Léo Jardim não voasse no ângulo para espalmar. Apesar disso, o Vasco controlava a partida, sem deixar o adversário completamente confortável na partida. Como se tudo fizesse parte de um plano.

Segundo tempo perfeito

Sem Payet, que voltou a ser desfalque por lesão, a força desse Vasco parece estar no coletivo. Contra o Corinthians, não houve uma atuação individual muito ruim ou que tenha ficado abaixo. Praxedes não foi o meia armador que se esperava dele, ok. Adson e David tomaram algumas decisões erradas no ataque durante os 90 minutos. Mas os três tiveram um desempenho regular, por assim dizer. Ninguém puxou o nível do time para baixo.

O Vasco voltou do intervalo sem alterações, mas com a postura de quem estava disposto a liquidar a parada. Foi circulando a bola no ataque, da direita para a esquerda, depois para a direita de novo... Até Hugo Moura acertar um lançamento preciso para Lucas Piton, que dominou já tirando Romero da marcação e bateu com muita categoria no cantinho de Matheus Donelli.

A partir daí, o Vasco jogou mais leve em campo. Mesmo com o gol cedo, não fez cerimônia para tirar o pé do acelerador em alguns momentos para tentar administrar a vantagem - a entrada de JP na vaga de Praxedes contribuiu bastante nesse sentido. Mas sempre dando a impressão de que as coisas estavam sob controle. A rédeas da partida estavam em mãos vascaínas.

Há se de destacar a partida de manual de Mateus Carvalho, que já havia sido um dos melhores em campo em Porto Alegre. Dessa vez, não teve atuação resumida à marcação e distribuiu as jogadas com calma e excelência. A linha de quatro defensores formada por Paulo Henrique, Maicon, Léo e Piton também deu sua parcela de contribuição.

A verdade é que em nenhum momento o Corinthians pareceu ameaçar a vitória do Vasco, que tratou de fechar a tampa do caixão em cobrança perfeita de falta de Sforza. Era o que faltava para levar São Januário abaixo: a quarta-feira do vascaíno começou com o anúncio da contratação de Philippe Coutinho e terminou com vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians. Que dia!

Fonte: ge
  • Terça-feira, 06/08/2024 às 21h45
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