Revi o jogo. Show de horrores, um pesadelo mesmo! Pretendo falar sobre o clássico e algumas linhas adicionais sobre o elenco. Vamos lá!
1) O plano de jogo do Alvaro Pacheco foi muito falho e a atuação dos jogadores foi terrível.
Em campo, vimos a repetição dos piores momentos com o Ramón Díaz. Esperava-se que ele adotasse uma estrutura semelhante ao que vimos no Vitória de Guimarães, mas, devido ao pouco tempo de trabalho, o português optou por manter os pontas e o meio-campo completamente desguarnecido.
Payet e Rayan marcando pelo lado era uma tragédia anunciada. No cenário proposto, David não poderia ficar de fora. Foi só opção técnica mesmo? Tem algo mais aí? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos...
Em um coletivo ainda muito pobre, as debilidades defensivas do Galdames ficaram ainda mais escancaradas: sempre atrasado e dando o bote de primeira. Compromete demais!
A atuação de Léo e, principalmente, do Maicon dispensa maiores comentários, certo?
2) O Vasco é a equipe com o psicológico mais frágil do futebol brasileiro.
Bastou o Flamengo empatar o jogo para que qualquer esboço de organização fosse para o espaço. O abatimento da maioria dos jogadores ficou escancarado. A cada gol do Flamengo o nocaute era maior.
O pior? Não se viu qualquer esboço de reação, frustração e indignação. A passividade imperou, o que é muito preocupante.
Futebol não se resume aos aspectos táticos, técnicos e físicos. Mentalidade vencedora é indispensável, como o Real Madrid não cansa de ensinar.
3) O elenco do Vasco é um Frankenstein.
Não é de hoje que criticamos veementemente diversas contratações do Vasco e os valores investidos. A SAF torrou 300 milhões e não há sequer um esboço de time.
Além disso, não há qualquer lógica e diretriz bem definida nas contratações. O Vasco trouxe algumas peças que exigem o protagonismo, como o Payet; outras mais indicadas para um jogo de transição rápida e vertical (Rossi, David).
Resultado: Temos um elenco incapaz de jogar com as linhas mais baixas em contra-ataque, mas que também tem dificuldade de construir de pé em pé.
4) Demitir o técnico com uma semana de treino e um jogo é uma insanidade.
Vasco foi a equipe grande que mais trocou de técnico no século XXI. Nem preciso falar os resultados esportivos dessa caótica politica de troca de técnico, né?
Você tem todo direito de estar puto com o português, assim como eu estou. Mas a trajetória recente do próprio Vasco mostra quão inefetivo é trocar de técnico igual trocar de cueca...