Estarão em campo duas equipes gêmeas, diferentes por pequenos detalhes. Embora estejam separados por três pontos na tabela de classificação, seus indicadores ofensivos e defensivo são muito parecidos. O Vasco vai buscar a vitória em casa para ficarem iguais também no número de pontos ganhos.
Com 13 pontos em 13 jogos, o Vasco está na 15ª colocação, apenas um ponto a mais que o Vitória, que disputou 14 jogos e abre o Z4 que leva para a Série B. O Grêmio está com 16 pontos em 13 jogos, na 12ª colocação. Os oponentes da rodada ganharam quatro jogos cada, mas o Grêmio perdeu menos, cinco contra oito do Vasco, e os três empates a mais fazem a diferença na classificação.
Como indicam as posições na tabela de classificação, é um confronto de baixos desempenhos. O Vasco é o quarto mandante que menos finaliza no Brasileirão, com média de 11,6 conclusões por partida (o Grêmio é o terceiro que menos finaliza em casa 11,4). Com a baixa produtividade, o Vasco precisaria de alta eficiência, mas tem apenas a 11ª caseira, com um gol a cada 10,1 tentativas (o Grêmio precisa de 11,4 em casa).
Há potencial para o Vasco melhorar seu desempenho caseiro porque o Grêmio é o segundo visitante menos resistente a pressões, com um gol sofrido a cada 6,5 conclusões contrárias (o Vasco tem a terceira menor resistência forasteira, um gol sofrido a cada 6,7). O Grêmio vem permitindo em média 14 finalizações dos mandantes, com potencial para sofrer dois gols quando atua fora de casa (o Vasco se diferencia sofrendo 10,0 fora de casa (segunda melhor marca).
No ataque, o Grêmio está com a sexta maior produtividade forasteira, com média de 11,7 finalizações por partida (empatado com o Vasco), com a oitava eficiência, um gol a cada 11,7 tentativas (a mesma do Vasco).
O Vasco é o segundo mandante que mais permitiu finalizações de adversários (13,3), e o Grêmio é o terceiro que mais permitiu (12,9), com o Vasco sofrendo um gol quando atua em casa a cada 15,5 conclusões contrárias, sétima resistência defensiva (o Grêmio tem a oitava resistência defensiva caseira, com um gol sofrido a cada 15,0 finalizações sofridas).
O Vasco marcou um gol a mais que o Grêmio no campeonato (14 a 13) e sofreu um gol a menos (18 a 19). Assim como nos indicadores similares de ataque e defesa, a diferença mesmo é que o Vasco fez seis gols quando já vencia (3 a 1 no Sport, 3 a 0 no Fortaleza, 3 a 1 no São Paulo), enquanto o Grêmio só fez dois gols quando vencia (2 a 1 no Atlético-MG e 2 a 0 no Juventude.
Foram nove gols do Grêmio quando empatava e seis do Vasco. É apenas uma curiosidade porque não adiantaria fazer gol quando empatava e levar a virada. Mas indica como desempenhos gêmeos podem dar resultados diferentes, dependendo de quando as eficiências aparecem.
O Vasco conta com seu histórico para, aí sim, empatar também em pontos como o adversário. O Vasco é muito dominante quando recebe o Grêmio pela Série A do Brasileirão. Desde 2006, foram 14 confrontos, com oito vitórias do Vasco e apenas duas do Grêmio, a última em 2019 e a anterior em 2013. O Vasco venceu as últimas duas.
Desta vez, o Vasco chega com um aproveitamento apenas modesto como mandante (3 V, 1 E, 3 D, 48%), 14ª no campeonato, mas o Grêmio também não passa por fase muito boa como visitante (1 V, 1 E, 4 D, 22%).
As duas equipes vêm de duas derrotas seguidas, o Vasco mandante em Brasília contra o Botafogo, 2 a 0, e visitante contra o Independiente del Valle, pela Sul-Americana, 4 a 0; o Grêmio visitante contra o Cruzeiro, 4 a 1, e contra o Alianza Lima, pela Sul-Americana, 2 a 0.
Nas últimas seis partidas como mandante, o Vasco venceu duas, empatou uma e perdeu três (29%). Dos últimos seis jogos do Grêmio como visitante, a equipe venceu um, empatou outro e perdeu quatro (17%).
Até a rodada #8, o Vasco era muito dependente do jogo aéreo com todos os sete gols marcados conquistados dessa forma. Depois disso, então sob o comando do técnico Fernando Diniz, foram sete gols na Série A e apenas um aéreo, o que deixou o Vasco ainda mais parecido com o Grêmio. Vegetti havia marcado cinco dos sete gols aéreos; quando os gols começaram a ser rasteiros, fez três dos sete.
Agora que vai enfrentar o Grêmio, o novo estilo do time comandando por Diniz vai estar à prova porque o Grêmio vem sendo muito mais vulnerável a partir da bola aérea, com sete dos últimos oito gols em jogadas conquistados após os adversários levantarem a bola em um chuveirinho curto (dois), em uma cobrança de falta levantada na área (três) ou lançamentos (dois).
No ataque, dos 11 gols marcados pelo Grêmio em jogadas, oito foram construídos em trocas de passes rasteiros.
Curiosamente, o Vasco também está sofrendo defensivamente como jogo aéreo: dos últimos nove gols sofridos, em sete os adversários levantaram a bola, com a diferença que o Vasco sofreu gols em cruzamentos (quatro) e um escanteio, além de uma falta levantada e um lançamento longo.