Futebol

Análise: A tática utilizada por Rafael Paiva na reação do Vasco em 2024

O Vasco vive um verdadeiro turbilhão de emoções nos últimos dois meses. Neste domingo, a equipe enfrenta o Atlético-MG, às 16h, em busca de algo impensável há pouco tempo: a quinta vitória seguida no Campeonato Brasileiro.

Há exatas sete semanas, o Cruz-Maltino era goleado pelo Flamengo, ainda com Álvaro Pacheco, como treinador. Momento de crise dentro e fora de campo, com o imbróglio com a 777 Partners. De lá para cá, o interino Rafael Paiva assumiu o comando, o clube trouxe Philippe Coutinho e começa a sonhar com uma briga por Sul-Americana e Libertadores.

O grande mérito de Paiva foi entender o momento e simplificar em campo. Ele abandonou os esquemas com três zagueiros de Ramón Diáz e Álvaro Pacheco, reforçou o meio e colocou reforços que pediam passagem, como Adson e Hugo Moura.

O time atual não tenta dominar a posse de bola ou sufocar o adversário. É uma equipe simples, direta e que potencializa o talento dos melhores jogadores do elenco.

Esquema tático: 4-2-3-1 que marca com duas linhas mais recuadas

Rafael Paiva mostrou personalidade logo em seu retorno: na goleada de 4 a 1 no São Paulo. Sem medo nenhum, ele mudou todo o meio-campo e colocou Cocão (Matheus Carvalho) e Hugo Moura como dupla de volantes, com Estrella como meia central junto de Adson e David. O jeito de marcar mudou: ao invés da pressão na frente de Diáz, o Vasco passou a esperar mais o adversário e jogar de forma mais recuada, marcando só na intermediária, como você vê na imagem.

Dessa forma, o time consegue ter os volantes mais próximos dos zagueiros. Um dos pontos críticos da péssima passagem de Pacheco foi justamente a distância dos setores na tentativa de 3-4-3 daquela equipe. Hoje, o Vasco tem uma defesa mais compacta e aproveita melhor o contra-ataque com Adson e David como flechas pelos lados.

Nova forma de atacar e posse de bola mais direta

Outra mudança de Paiva foi na construção das jogadas. Com os três zagueiros de antes, o Vasco não conseguia sair de forma tão limpa e precisava muito de Payet para fazer as coisas funcionarem. Agora, Matheus Carvalho é o responsável por aproximar dos zagueiros no lado esquerdo e chamar Hugo Moura e o meia central para pensar o jogo. Praxedes, Estrella, Payet e muito provavelmente Coutinho é o parceiro que dá qualidade e coloca os atacantes e Piton para correr.

Um dos grandes reforços do ano, Hugo Moura finalmente ganhou sequência porque pode ser o segundo volante de controle e chegada que sempre foi em outros clubes. Vegetti não precisa sair tanto para fazer o pivô. Todo mundo fica em um lugar que consegue render mais em campo.

Mais profundidade com os atacantes

No esquema de Paiva, o ataque flui melhor com David, Vegetti e Adson mais próximos. Eles não precisam mais buscar a bola dos volantes e também não ficam restritos ao lado, jogando apenas na velocidade e condução. No ataque em 3-2-5 pensado pelo técnico, o trio se movimenta e troca de posição por dentro e usa muito Lucas Piton, lateral dono do setor esquerdo que avança com cruzamentos e passes rasteiros. A posse ficou mais direta e eficaz.

Lucas Piton, o grande destaque

É impossível falar da reação do Vasco sem mencionar o lateral Lucas Piton. Ele será vendido? Para o Porto ou Girona? Enquanto o futuro não vem, o jogador é destaque absoluto do time pela velocidade, explosão muscular e chegada pelo lado esquerdo. Abre o campo, cruza, chega na área e até faz gol. Uma das armas desse Vasco é tocar a bola pela direita e inverter para Piton chegar como um quarto atacante que provoca estrago na defesa adversária.

Todas as armas devem ser vistas numa promessa de grande jogo contra o Atlético-MG, que vale a proximidade ainda maior da parte de cima da tabela.

Fonte: ge
  • Terça-feira, 05/11/2024 às 21h30
    Vasco Vasco 0
    Botafogo Botafogo 3
    Campeonato Brasileiro - Série A Nilton Santos
  • Sábado, 09/11/2024 às 19h00
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    Fortaleza Fortaleza
    Campeonato Brasileiro - Série A Castelão
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